Mais cedo do que se pensa, chegará a hora de começar de novo: voltar ao substrato da história da tecnologia produtiva e buscar nela o sentido primário da cultura” (Berta Ribeiro).
Como teoria anti-reacionária, a Quarta Teoria Política, diferente do que afirmam os seus inimigos, não almeja regressar aos modos de vida e de produção pré-modernos. Ela não nutre expectativas acerca de eras de ouro perdidas ou acerca de períodos históricos mortos (dos quais só conhecemos as ruínas).
Muito pelo contrário.
Depois de destruir as medidas historiais-ontológicas da modernidade (o que inclui o Liberalismo em todas a suas manifestações), a Quarta Teoria Política deseja avançar rumo a um futuro luminoso, onde cada povo, uma vez livre do jugo do globalismo e do Capital, poderá determinar os seu próprio destino histórico autenticamente e construir sua própria civilização da maneira que desejar.
É neste sentido que a Quarta Teoria Política, sem negar os elementos de classe que permeiam a estrutura das sociedades modernas, estabelece o Povo e suas massas populares – com suas singularidades, concretudes, identidades, espiritualidades e forças tectônicas próprias – como agente de transformação histórica.
Os povos constroem suas histórias e edificam seus destinos: isso é Quarta Teoria Política.
E é justamente isso que os adeptos da Quarta Teoria Política querem para o Brasil. Que as massas populares brasileiras guiem nossa Pátria rumo à realização histórico-civilizacional, de modo a fazer do Brasil, como queria Darcy Ribeiro, um verdadeiro herdeiro de Roma nos Trópicos.