Há 4 dias foi aniversário de nascimento de Julius Evola e de Ho Chi Minh. Para mim, é perfeitamente natural admirar simultaneamente a ambos.
Mas pode-se construir, realmente, uma ponte entre ambos? Talvez. É bem possível.
Evola foi um intelectual de origem nobre, ksatriya, que apontava para a decadência progressiva do mundo e para a necessidade de se resistir a ela por meio da ação heroica, realizada por uma casta de guerreiros, utilizando o nacionalismo como instrumento (mesmo que ele não fosse ideal) para frear o avanço das forças de massificação/dissolução que levariam inevitavelmente a um mundo dos sem-casta.
Ho Chi Minh nasceu de um pai que havia sido magistrado imperial, portanto “ksatriya” (além disso, um de seus irmãos era um mago geomante). Ele era profundamente nacionalista e acreditava em um nacionalismo comunista como meio de impulsionar seu povo a se transfigurar em um povo guerreiro, espartano, para que, assim, alcançasse sua liberdade. Tendo contado com uma criação confucionista, o próprio Ho Chi Minh também vivia de um modo austero, espartano, não muito diferente da ideia platônica de um filósofo-guerreiro.
Um viva para ambos.