Dória é um farsante que precisa ser desmascarado!

Quando dinheiro, propaganda e marketing são os carros chefes da política, o resultado são figuras como João Dória. Sua retórica de criação de empregos é uma farsa completa, ele nunca trabalhou, enriqueceu com tráfico de influência agindo como lobista para empresas condenadas na Lava Jato. Seu trabalho na prefeitura de São Paulo se resumia a postar suas próprias fotos no Instagram fantasiado de gari ou faxineiro, porém na prática a cidade estava mais suja que nos anos anteriores, e Dória, quando gravado sem saber, é visto passando álcool gel na mão e reclamando do contato com o povo. Dória é o artificialismo em pessoa, atrelado à economia meramente especulativa e improdutiva, suas empresas nunca produziram sequer um único parafuso, o máximo de sua produção foram tiragens de revistas chamadas “Caviar” e feitas com financiamento público, sua especialidade. Não custa lembrar que João Dória mantinha relações amigáveis com Lula e conseguiu 44 milhões em empréstimo do BNDES para comprar um jatinho.

O grande desafio de Dória é que o liberalismo não tem apreço popular algum, o povo brasileiro vê essa posição ideológica como alienígena, como coisa de mauricinho, e a resposta foi a transformação de Dória em simulacro de conservador. A mesma direita bolsonarista que hoje o aplaude e escreve “Bolsodoria” em todos recados virtuais, esquece que Dória pouco tempo atrás realizou homenagens a Carlos Marighella, que Dória financiou a campanha de Manuela D’avila, que investiu em uma Parada Gay ainda maior (visando lucro e comércio), que realizou casamentos gays coletivos com verba pública e que tachava o mesmo Bolsonaro como extremista radical. Na prefeitura Dória associou-se ao Instituto “Sou da Paz”, coadunando com as posturas desarmamentistas e globalistas — não há surpresa deste instituto ser financiado pelo multibilionário George Soros.

Dória serve somente a seus próprios interesses e aos de seus correligionários liberais, cuja tática no Brasil está cada vez mais clara: se aproveitar de políticos que são simulacros do conservadorismo popular para pegar carona no poder. Dando nome aos bois: o MBL, youtubers como “Mamãe falei”, Joice Hasselman (demitida da Veja por plágio, e que pouco tempo atrás se escandalizava com Bolsonaro por este brigar com Maria do Rosário, mas hoje diz que é sua “soldada número 1”), Paulo Guedes, Partido Novo, Mourão (agindo frequentemente pelas costas do líder de sua chapa) e dezenas de Think Tanks, empresários e políticos liberais pegam carona no conservadorismo caricato de Bolsonaro para injetar doses cavalares de liberalismo em seu governo, que em realidade já é um governo absolutamente liberal, vez que seu ministro já anunciou sem pudores o desejo de privatizar 100% das empresas públicas e tudo o mais que for possível.

A vitória de João Dória em São Paulo já levantou os ânimos para sua candidatura à presidência em 2022: boicotando o governo de Bolsonaro pelas costas e aplaudindo pela frente, Dória visará reerguer o PSDB e surrupiar os apoiadores de Bolsonaro, se passando de mais moderado, dizendo que é um gestor e que por falta de gestão o governo Bolsonaro fracassou, além de trazer a polidez e marketagem que ainda servem para enganar muita gente. Bolsonaro está destinado a ser um dos maiores bois de piranha da história brasileira, servindo de cabo eleitoral maciço para diversos lacaios do poder americano.

O quadro em São Paulo é espantoso, Dória tem uma rejeição monstruosa na cidade em que foi prefeito, rejeição que passa de 70%. O curralismo eleitoral do PSDB no interior, mais a propaganda massiva com o lema “bolsodoria” e retórica olavética na qual o Foro de São Paulo e não o PSDB seria o maior inimigo paulista foram o que garantiu a vitória de João com inexpressivos 51% contra 48% de Marcio França. Para manipular a massa Dória banalizou a política como mera “esquerda e direita”, dizendo que França era um comunista petista radical, porém dois anos atrás o próprio França liderou a campanha de Dória para a prefeitura.

Ainda mais grave que sua proposta de colocar ração humana nas escolas e ter criado mini cracolândias por toda São Paulo, são suas propostas de privatização dos presídios, o que acarretaria em primeiro lugar 40 mil agentes penitenciários demitidos e recontratados em situação ainda mais precária por empresas aliadas ao lobista. A equação fecha com a conhecida aliança do PSDB com o PCC: Dória tem como aliado Ney Santos, um dos responsáveis por operar essa relação e atual prefeito de Embu das Artes. Então podemos esperar uma ascensão do PCC enquanto as forças policiais são colocadas para morrer em uma guerra de enxugar gelo, uma vez que em São Paulo o PSDB é notório inimigo dos policiais, chegando a causar conflito entre policias civis e militares. Muito embora São Paulo seja um dos Estados mais ricos da federação, o trato com suas forças policiais (e seu funcionalismo público em geral) é um dos piores de toda a nação, pouco a pouco o Estado dilui-se em face ao crime organizado e em alguns locais a polícia já tem dificuldade grande de entrar, como em Paraisópolis.

Dória, que tem seu vice investigado na Lava Jato e delatado pela Odebrecht, se tornará agora a grande aposta do liberalismo, e o iminente fracasso do governo Bolsonaro já terá uma pronta resposta, preparada para cooptar o honesto sentimento antipetista da população, e isso se dará na figura de João Dória.

Dória é um anti-homem, não possui palavra, não honrou seu mandato, mandou espancar professores, precarizou a aposentadoria da Guarda Municipal, oprimiu moradores de rua com jatos de água, tudo isso enquanto roubava 400 metros quadrados de uma viela pública e integrava à sua propriedade, privatizava parques e tudo o mais que podia, restringindo seu acesso e mesmo sua qualidade. Por fim, Dória sem pudor favoreceu em isenções dezenas de empresas aliadas, rapinando o dinheiro popular enquanto cortava o programa do leite, nada de novo para o partido que rouba a verba da merenda das escolas e a verba dos trens e metrôs. Em seu discurso de vitória Dória mal se referiu ao povo, agora o povo já é descartável, tratou como vitória pessoal e de seu grupo, mencionando um a um os políticos de sua coligação, quase como em estrutura de máfia. Hoje a grande mídia já faz alarde, já começa a apontar Dória em 2022 e falar no “novo PSDB”, que está longe de ter sido enterrado.

É fundamental que a máscara do PSDB, dos liberais e de João Dória caia, a cidade de São Paulo já descobriu isso. O grande responsável pela vitória de Dória foi Bolsonaro e sua militância, cavando sua própria cova, um mero boi de piranha. Numa união de burrice e mau-caratismo imperdoável, João Dória não é uma opção, mas a maior excrescência política vindo em direção ao Brasil. Que façamos, pois, todos saberem quem esse anti-homem de fato é.

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Nova Resistência
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