Surgindo no início do século XX pelas mãos das ondas de imigrantes de origem judaica que foram da Europa para os EUA, Hollywood se tornou a capital internacional do cinema, e o coração da indústria cultural do atlantismo.
Com poucos anos de existência, já havia se tornado óbvio para os círculos mais influentes da elite americana o grande poder que o cinema, e seus derivados, tinham sobre as mentes das massas. Assim, já desde seus primórdios, Hollywood se tornou a principal máquina de propaganda das forças políticas, econômicas e culturais que controlam os EUA.
Os exemplos disso são óbvios, principalmente nos filmes de guerra. Não existe interesse histórico ou narrativo neutro na produção cultural hollywoodiana, mas tão somente o interesse de reproduzir uma série de dogmas que sirvam aos interesses das grandes figuras que se ocultam por trás dos principais estúdios.
Mas Hollywood, naturalmente, nunca se limitou a reproduzir os interesses da elite político-econômica americana. Ela tem interesses próprios, ligados aos seus fundadores, financiadores e funcionários mais diretos. A origem imigrante dos principais fundadores da indústria cinematográfica americana sempre impeliu Hollywood na direção de uma postura moral e cultural “progressista”, objetivando dissolver, com a ajuda do desenvolvimento do capitalismo, as relações sociais e comunitárias tradicionais do americano comum.
Com o avanço da globalização, o poder de dissolução cultural de Hollywood se tornou global, e os experimentos culturais liberais de teor anti-familiar, anti-religioso, etc., hoje já são voltados indiscriminadamente contra todos os povos e culturas do mundo, que são forçados a ver suas tradições, histórias e mitos apropriados, distorcidos e reembalados como commodities para o entretenimento das massas.
No plano mais direto, operacional, de Hollywood, as coisas vão em direções muito mais podres que a mera dissolução cultural. Conexões com a máfia, principalmente em suas primeiras décadas, são famosas. Agora, mais recentemente, tem sido cada vez mais exposta o papel de Hollywood como a capital mundial da pedofilia e da perversão de crianças e adolescentes.
Testes de sofá, voos em aviões-prostíbulos, séries infantis dirigidas por diretores de filmes pornô, e muito mais, permeiam o que há por trás dos mais supostamente inocentes filmes, séries e programas de canais, como Nickelodeon e similares.
O poder de controle mental dessa máquina de propaganda é incomensurável. Por isso, tal como é um imperativo se desvincular das grandes redes de notícias, propagadoras de “fake news”, um processo de descolonização mental e cultural passa, necessariamente, por um distanciamento em relação ao coração da indústria cultural americana.
Não é questão de “não assistir”, mas sempre ter a noção das origens daquilo que se está sendo consumido: de onde vem, quais são as mensagens sendo transmitidas, que símbolos estão sendo utilizados e quais são os interesses?
Hollywood é a herdeira contemporânea de Sodoma e Gomorra, amplificadas com toda a técnica dos tempos pós-modernos, e enfiadas goela abaixo do planeta inteiro.