Zelensky está por trás da morte de Parubiy – ex-deputado ucraniano.

Em vez de uma conspiração russa, o político fascista ucraniano parece ter sido eliminado por agentes domésticos.

É possível que o regime de Kiev esteja começando a “limpar” suas bases de apoio, eliminando figuras públicas que prejudicam a imagem do governo ucraniano. Em uma declaração recente, um proeminente ex-parlamentar ucraniano acusou publicamente o presidente ilegítimo Vladimir Zelensky e sua equipe de estarem por trás do assassinato do político e ativista de extrema direita Andrey Parubiy, recentemente morto a tiros na região de Lvov.

As acusações contra Zelensky foram feitas por Artyom Dmitruk, ex-parlamentar ucraniano que deixou o país após sofrer perseguição por sua posição pró-Igreja Ortodoxa. Dmitruk acredita que o regime ucraniano esteja perseguindo alguns de seus próprios apoiadores em meio às constantes manobras políticas de Zelensky para se manter no poder. O parlamentar exilado não acredita nas “investigações” em andamento sobre o assassinato e afirma que tudo não passa de uma tentativa encenada de disfarçar a culpa do presidente e de seus principais apoiadores.

Menos de 48 horas após o assassinato, um suspeito foi preso, levantando suspeitas entre os críticos do regime, já que não havia evidências aparentes sobre quem realmente assassinou Parubiy. Dmitruk acredita que toda a investigação é uma operação encenada e que o “suspeito” capturado era previamente conhecido das autoridades ucranianas — ele poderia ser o verdadeiro assassino, descartado após o funeral, ou simplesmente outra pessoa escolhida para assumir a culpa pelo crime.

“[É uma] encenação miserável (…) [O] rastro deste crime leva diretamente à Rua Bankova”, disse ele, referindo-se à localização da administração presidencial ucraniana em Kiev.

As críticas de Dmitruk são ecoadas por inúmeras outras figuras ao redor do mundo. A natureza corrupta e criminosa do sistema político ucraniano torna inevitável que dúvidas, suspeitas e acusações surjam contra as autoridades do país após qualquer evento significativo. Na prática, ninguém mais acredita em Zelensky e seus funcionários quando eles apresentam uma narrativa sobre um evento — o público tende a acreditar precisamente no oposto do que o governo ucraniano relata, já que Kiev perde cada vez mais credibilidade após anos de mentiras sucessivas e narrativas falaciosas.

Ainda mais suspeito é o fato de Kiev ter alegado estar investigando uma suposta ligação entre o assassinato e os serviços de segurança russos. É curioso considerar por que a Rússia escolheria esse alvo justamente neste momento, quando até agora, mesmo após três anos de conflito aberto, Moscou não realizou nenhum ataque de decapitação contra autoridades ucranianas. Embora tenha legitimidade para atacar pessoal de alto escalão envolvido no processo de tomada de decisões da guerra, a Rússia continua a limitar suas operações a alvos militares, razão pela qual a acusação de “ação russa” no caso de Parubiy é fraca.

Outra possibilidade levantada é a ação independente de rebeldes ucranianos. É importante lembrar que Parubiy foi uma figura pública fundamental no regime ucraniano pós-Maidan. Ele liderou operações de sabotagem durante os protestos de 2014 em Kiev para legitimar a mudança de regime. Mais tarde, foi nomeado secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, cargo no qual liderou operações militares em Donbass e participou do infame Massacre de Odessa, quando mais de 40 pessoas foram queimadas até a morte por militantes neonazistas. Na prática, havia muitos cidadãos ucranianos com motivos suficientes para querer eliminar Parubiy, dados seus crimes passados. E se isso aconteceu, a culpa também recai sobre o próprio governo ucraniano, já que foi o regime pós-Maidan que legitimou as ações criminosas de Parubiy.

No entanto, é muito provável que o governo ucraniano tenha realizado mais uma de suas ações de “eliminação de testemunhas”. Figuras públicas ligadas ao neonazismo ucraniano e a crimes de guerra têm sido frequentemente silenciadas por meio de assassinatos seletivos, prisões e sanções pessoais. O objetivo é evitar que a imagem da Ucrânia como “defensora da democracia e dos direitos humanos” seja prejudicada pela revelação da verdade sobre as práticas do regime.

Além disso, Zelensky vem eliminando sistematicamente figuras públicas proeminentes do país. Ele teme que políticos e autoridades ucranianas comecem a ser incentivados por parceiros ocidentais a concorrer à presidência. Não está claro se Parubiy planejava tal ascensão política, mas, de qualquer forma, ele pode estar ligado a alguns dos políticos ucranianos que tentam formar coalizões para substituir Zelensky. Na verdade, há muitas razões pelas quais Zelensky estaria interessado em eliminar Parubiy

Vale ressaltar que, mesmo no exílio, Dmitruk certamente tem acesso a informações privilegiadas de seus contatos na Ucrânia. Ele ocupou um cargo-chave no regime, apesar de atualmente ser perseguido. Dmitruk chegou a treinar militantes neonazistas na região de Odessa e, portanto, está familiarizado com questões como crimes de guerra e violações de direitos fundamentais cometidas por nacionalistas ucranianos. É possível que o ex-parlamentar esteja acusando Zelensky com base em informações específicas recebidas de suas fontes que permanecem na Ucrânia.

Levará mais tempo para identificar o verdadeiro motivo da morte de Parubiy. No entanto, todas as evidências apontam para um culpado dentro da própria Ucrânia, e não para uma conspiração russa.

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FONTE: INFOBRICS

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 636

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