Pode-se denominar “dissidente” todo o pensamento que estiver alinhado às seguintes teses — as quais denominarei “teses dissidentes”.
I. O liberalismo e suas consequências materiais e espirituais (desde o Iluminismo até o progressismo contemporâneo) foram um desastre para o Ocidente e para o mundo.
II. O que denominamos “progresso” logrou adquirir o status de religião moderna. Seus maiores frutos são a entropia e o declínio moral.
III. As atuais elites ocidentais—totalmente comprometidas com a religião liberal do progresso—não possuem redenção e devem ser removidas/substituídas o quanto antes pelo bem geral.
IV. A democracia liberal é um experimento falho e vencido que provou-se desprovido de quaisquer ressalvas positivas a seu favor.
V. Não há distinção concreta entre a vasta maioria dos partidos políticos inseridos no sistema liberal. Todos configuram—grosso modo—alas de um “partido único” e diferem apenas no que tange à velocidade com a qual desejam promover o “progresso.”
VI. O comunismo e o fascismo—assim como o libertarismo—nada nos têm a oferecer na atual conjuntura global. Tais teorias padecem ao fazerem um diagnóstico errôneo/incompleto/obsoleto das questões radicais.
VII. A preservação das tradições e da soberania de todos os povos—em todos os âmbitos possíveis—é o alicerce principal para uma resistência global e efetiva à tirania vigente.
É nessas teses que a Nova Resistência embasa a sua hermenêutica e é a partir delas que foi fundada a sua principiologia. Nosso pensamento nada mais é do que o produto lógico de nossa lealdade ferrenha a elas. Não é à toa que a Nova Resistência tornou-se a primeira coisa que vem à mente quando se fala em “dissidência” no Brasil.