Para Aldo, um pensamento nacionalista consolidado é a base para a construção nacional.
Durante transmissão realizada no canal da Nova Resistência no YouTube, o ex-ministro da Defesa, atual pré-candidato ao Senado pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PDT) e autor da obra O Quinto Movimento: proposta para uma construção inacabada, versou sobre uma diversidade de assuntos nacionalmente relevantes, dentre os quais a centralidade e a primazia da Questão Nacional sobre às demais questões políticas internas e externas.
Em sua fala de abertura, após fazer um elogio à Nova Resistência, Aldo iniciou seu raciocínio abordando os deficits e a “baixa densidade do pensamento nacionalista no Brasil”, afirmando que a batalha fundamental é uma “batalha de ideias”, sendo a consolidação de um
Pensamento Nacional a condição de possibilidade para o triunfo sobre o liberalismo e a “retomada dessa construção inacabada” que é o Brasil.
Confira abaixo a transcrição do trecho:
O que eu quero destacar nessa conversa nossa, em primeiro lugar, é enaltecer, exaltar, reconhecer, o esforço que a Nova Resistência faz no conhecimento do nosso país: em ajudar a construir um pensamento nacionalista. Eu creio que a dificuldade do nacionalismo hoje, no Brasil, da luta para reafirmar a centralidade da questão nacional (que é o eixo no qual pode gravitar qualquer projeto de construção do Brasil), é exatamente a baixa densidade do pensamento nacionalista no Brasil. Houve o avanço desse pensamento e das ideias identitárias, principalmente nos grupos progressistas; o avanço desse pensamento liberal ou neoliberal, em economia, nos grupos conservadores, que multiplicaram suas ONGs, seus grupos de estudos, os institutos do pensamento liberal, que se espalharam pelo Brasil inteiro (Millenium, Atlântico, Von Mises). Tudo isso é para difundir esse pensamento liberal. E os partidos de esquerda, e mesmo os partidos conservadores, abraçaram essa causa identitária. Todo mundo acha que ser progressista, hoje, é marcar uma posição de gênero, de raça, de orientação sexual. É fragmentar o país em torno dessas questões de costumes, da agenda individual em substituição à agenda coletiva.
E acho que o nosso primeiro esforço, antes do esforço organizativo, antes do esforço político, é exatamente o esforço de constituir um Pensamento Nacional, o pensamento da centralidade da questão nacional. Sem pensamento nacionalista, não tem política nacionalista, não tem organização nacionalista: tudo gira em torno das ideias, tudo começa como uma batalha de ideias, como uma batalha de pensamento. Se você não está ancorado em uma ideia, em um pensamento, em uma doutrina fundamentada, que alcance todos os domínios da vida, material e espiritual, intelectual, você não dá conta de fazer essa luta; você vai soçobrar, vai enfrentar dificuldades.
Você vai até encontrar grupos, pessoas, lideranças que se dizem, que se pensam nacionalistas, mas que naufragam no primeiro confronto com as ideias liberais. E quando digo ideias liberais, não são apenas ideias liberais do ponto de vista econômico, do ponto de vista social: essas ideias que presidem aí a agenda identitária, ou seja, a ideia da fragmentação… eu vejo de perto amigos, inclusive pessoas próximas: “Não, meu pensamento é nacionalista”… até em economia às vezes é, mas quando se confronta com outros blocos do pensamento liberal, termina cedendo, termina se confundindo.
Por isso, meus amigos, a batalha das ideias, a batalha intelectual, a formação de um pensamento que tenha como objetivo estabelecer, fortalecer, afirmar e consolidar a centralidade da questão nacional, essa é a batalha decisiva.
Link para a entrevista: Canal da Nova Resistência