O tipo de Homem da NR não tem nada que ver com o mundo da esquerda e da direita, ou seja, o mundo burguês

A Nova Resistência – NR promove releituras dissidentes e tradicionalistas de alguns personagens e eventos situados na esfera da Segunda Teoria Política, tal como faz leituras socialistas e revolucionárias de personagens e eventos situados no campo da Terceira Teoria Política. E o faz sem a menor pretensão de agradar, infiltrar, cooptar, dialogar ou o que seja.

Não raro, quando alguma figura ou movimento (a nossa NR, por exemplo) assume uma posição específica que poderia ser identificada como “nacional-bolchevique”, ao elogiar, por exemplo, Che Guevara, ao exaltar a Revolução Cubana, a Resistência Vietcongue, ao recomendar a leitura de Antonio Gramsci e Mao Tsé-Tung, tem gente que vem, com ares de “sermão”, para nos “esclarecer” que na verdade “isso não funciona”.

O cidadão vem nos explicar, pacientemente, que na verdade essa história de Querfront, aliança vermelho-marrom, etc., não pode funcionar nas condições de uma esquerda hegemonicamente progressista, antifascista e cosmopolita. E que, por isso, é mais vantajoso cortejar a direita, que apesar de ser capitalista, apátrida e sionista, pelo menos é “conservadora”.

Me parece haver aí um erro de entendimento.

Existe uma pressuposição de desonestidade aí. O cidadão está pressupondo que estamos “cooptando” algo da esquerda como uma espécie de “tática”, ou que estamos “cortejando” a esquerda para fazer uma “aliança”, ou que estamos tentando “agradar” esquerdistas, etc.

Nada mais distante da verdade. Nós não estamos pretendendo agradar ninguém. Nós não admiramos Hugo Chávez apenas “de mentirinha” pra ver se alguém da esquerda se aproxima.

Nós fazemos releituras nacionalistas e tradicionalistas de alguns personagens e eventos situados na esfera da Segunda Teoria Política, tal como fazemos leituras socialistas e revolucionárias de personagens e eventos situados na esfera da Terceira Teoria Política. E fazemos tudo isso com honestidade, sem a menor pretensão de agradar, infiltrar, cooptar, dialogar ou o que seja.

Eu, sinceramente, chego a considerar um insulto não só a nós, mas também a personagens como Ernst Niekisch, Ernst Jünger, Eduard Limonov, Giorgio Freda, etc., quando algum desses niilistas individualistas de discurso filoneocon “a contragosto” vem querer ensinar política pra gente.

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Raphael Machado

Advogado, ativista, tradutor, membro fundador e presidente da Nova Resistência. Um dos principais divulgadores do pensamento e obra de Alexander Dugin e de temas relacionados a Quarta Teoria Política no Brasil.

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