Assad: Síria e Coreia mudarão o equilíbrio de forças na política internacional

Damasco, Síria — Na última terça-feira, durante uma recepção oficial ao ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, o presidente Bashar Al-Assad afirmou que uma mudança no alinhamento de forças em todo o mundo pode vir a acontecer em decorrência das derrotas sofridas pelos projetos ocidentais ao redor do mundo.

O chanceler norte-coreano, Lee Young-ho, inicialmente, foi recebido pelo ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, na capital árabe. Mais tarde, em reunião diplomática, o Presidente Assad disse ao ministro e à delegação ministerial que Síria e Coreia têm sido alvos de um mesmo conjunto de pressões por parte do Ocidente:

“O propósito delas [das pressões] é enfraquecer os Estados independentes em suas tomadas de decisões e em suas oposições aos projetos ocidentais”, afirmou Assad.

“A derrota dos projetos ocidentais e a resistência de países independentes, como a Síria, a Coréia do Norte e outros, pode causar mudanças na arena internacional e gerar um novo equilíbrio de poder”, complementou o Líder sírio.

Desde 2014, uma Coalizão liderada pelos EUA tem estado ativa na Síria, com o suposto objetivo de derrotar o grupo terrorista Daesh/ISIS — o autoproclamado Estado Islâmico. No entanto, na Síria, as ações da Coalizão são realizadas sem a permissão das autoridades do país e se tratam, na realidade, de operações de retaguarda para que EUA e seus aliados ataquem a Síria alternadamente (e de forma coordenada) às forças jihadistas que pretendem derrubar o Governo.

Notoriamente, o Ocidente já mobilizou bilhões de dólares para apoiar grupos jihadistas que pretendem derrubar Assad e transformar o país árabe em uma fortaleza salafista, governada pela Al-Qaeda. Não obstante, a Síria, com o apoio de seus aliados (principalmente, Rússia, Irã e Hezbollah), conseguiu rebater tais tentativas.

Supostamente, a Coreia do Norte, por sua vez, também forneceu armas à Síria com o intuito de ajudá-la a resistir aos esforços dos EUA contra o Exército Árabe Sírio. 

A Coreia também tem sido o foco de tentativas de mudança externa de regime por mais de meio século, mas vem sendo bem-sucedida em manter sua soberania e sua política externa independente contra todas as agressões externas do Ocidente.

Fonte: Fort Russ News 

 

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Paul Antonopoulos

Ativista político de origem grega, colaborador independente da NR, jornalista e analista político do jornal. @oulosP

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3 comentários

  1. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, encontrou-se em 27 de novembro com o presidente da Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte, Kim Yong-nam. Gostaria de ter lido esta notícia aqui no site da NR. Infelizmente vocês, ignoram a Venezuela e seu presidente, que é um nacionalista, socialista, cristão e defensor de um mundo multipolar.

  2. Vocês da NR estão comendo mosca! Maduro recebeu um importante diplomata político da Coreia do Norte, recebeu Erdogan da Turquia, foi até o México na posse do novo presidente nacionalista e socialista Obrador e vocês fazem vistas grossas a estas importantes notícias! Esquecem também da Bolívia, onde os níveis de desenvolvimento são impressionantes e lógico, a mídia tanto brasileira, como estrangeira, não mostra nada e só difama, por exemplo, recentemente Evo inaugurou um dos maiores parques de energia solar cumulativa fotovoltaica de toda a América latina, e com a inauguração da planta industrial de cloreto de potássio no departamento de Potosí, no Salar de Uyuni, a Bolívia está atualmente entre os maiores países produtores desse fertilizante no mundo. Com o lançamento da planta da Bolívia está em nono lugar na indústria de cloreto de potássio em todo o mundo e a terceira na América do Sul. Realmente, meus camaradas da NR, vocês estão todos comendo mosca e muito desinformados! Se atualizem!

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