Uma verdade básica que deve guiar todo nacional-revolucionário: a libertação nacional é indivisível da revolução social.
O que isso significa?
Que é impossível liberar a Pátria sem romper com TODAS as forças sociais que subjugam o Povo, ou seja, sem romper com o modo de produção capitalista, manejado por uma elite financeira apátrida e antinacional, guiada pelo lucro predatório. Paralelamente, que não se pode romper com tais forças sem um esforço real e contínuo para tirar o Brasil do marco do Sistema Financeiro Internacional e do desenvolvimento econômico dependente: o que passa pelo avanço de pautas urgentes como reindustrialização, reestatização de empresas privatizadas, auditoria da dívida pública, taxação de grandes fortunas, reforma agrária, etc.
Assim, o verdadeiro patriotismo é, em essência, socialista, ao passo que o autêntico socialismo é nacional e patriótico: as condições concretas para o desenvolvimento socioeconômico da Pátria devem ser reunidas e aperfeiçoadas para que o socialismo seja construído – e o socialismo deve ser construído para que estas condições sejam mantidas e efetivamente direcionadas às massas populares brasileiras.
Ser patriota é amar a Pátria, sua cultura, identidade, arte, música, poesia, valores, idioma, dialetos, folclores, espiritualidades. É querer o bem do Brasil acima de tudo. Mas é também reconhecer que, sem mudanças radicais e profundas, operadas no interior da estrutura sócio-econômica do país, a soberania nacional tem prazo de validade (como, infelizmente, demonstra hoje a espinhosa crise venezuelana).
A realização histórico-espiritual do Brasil só virá a cabo por meio de uma Revolução que ponha fim a organização capitalista do mundo, pautada na exploração do homem pelo homem, e torne o Povo o artífice de seu próprio destino.