Hoje, os que se dizem nacionalistas estão entre os maiores inimigos do país

O vira-latismo é a essência da direita brasileira. Não que em outros países a direita seja menos vira-lata. Ela o é no mundo inteiro. Mas é no Brasil que esse vira-latismo alcança níveis nunca antes vistos ou imaginados e onde este tipo de vira-latismo tem mais capacidade de causar danos.

Não obstante, típico da direita, não só no Brasil, como no mundo.

Afinal, a direita não se vê, classicamente, como liberal ou, no máximo, liberal-conservadora?

O problema, porém, é que boa parte, senão a maior, parte dessa direita se diz “nacionalista” ou “patriota”. Desfilam com camisas da CBF; se empoleiram em bandeiras do Brasil; bradam que a bandeira brasileira “jamais será vermelha” (preocupados, coitados, com uma hipotética e fantasiosa “ameaça comunista”).

Esse “nacionalismo” dessa direita brasileira é autêntico ou é de fachada? Há alguma substância concreta nesse “nacionalismo”?

De imediato observar ver que todo esse discurso “nacionalista” não parece redundar na defesa de qualquer tipo de posicionamento econômico ou geopolítico de teor patriótico ou nacionalista. Usualmente, não passa de um histrionismo chauvinista dirigido exclusivamente contra países não-liberais.

Se o país não é “democrático”, “liberal”, visto por eles como “de direita”, então o Brasil não deveria manter relações diplomáticas, nem comerciais (!), e não faltam os que chegam a dizer, que se um país não está enquadrado nessas categorias, ele deveria ser atacado.

A coisa muda de figura, porém, diante dos EUA ou de Israel. Nesse caso, ninguém nunca viu tanto servilismo. A voz, que era grossa, fica fina e temerosa como a de uma menininha pré-púbere. O olhar é de uma adulação abjeta. E a mente está tão entorpecida que nem se nota o quanto os outros países, mesmo os próprios alvos de uma admiração desnecessária e vexaminosa, riem e se divertem com isso tudo.

Em um mundo sob o domínio da hegemonia político-ideológica liberal, alavancada pelo imperialismo americano, os “nacionalistas” brasileiros acham que a associação com os EUA alavancará o Brasil. Com qual dos parceiros dos EUA isso alguma vez aconteceu, porém?

Tanto discurso e afetação “patriótica”, mas por baixo das camisas da CBF se esconde o desejo de traição nacional. A figura do “nacionalista” brasileiro é, fundamentalmente, idêntica à do inimigo da pátria.

3 comentários

  1. Esses “nacionalistas” falos fãs do Boçalnaro, sequer sabem o que é nacionalismo. O Bolsonaro não é nacionalista. Ele é sim, entreguista, babaca, burguês, acéfalo e mau-caráter. E como presidente seria um desastre ainda maior que o Temer, pois ele iria arreganhar ainda mais as pernas para as grandes potências estrangeiras. Isso sem contar que sua “preocupação” com os pobres é pura fachada. Ele na verdade se fosse eleito iria retirar tudo o que pudesse das minorias. Ele é um entreguista que não sabe nada de economia, ele acha que ser presidente é simplesmente privatizar tudo e fortalecer o exército e autorizar a repressão e a perseguição aos opositores políticos. E tem uma coisa, a maioria dos fãs do Bolsonaro admiram o nazismo. Eles não admitem porque senão isso seria queimação de filme para a direita. Eu já fui de direita, e já admirei o Hitler. E em por inbox no twitter, nós mesmos admitíamos que Hitler “fez o certo de ter acabado com os comunistas e os sionistas”. Quem observar direito se deparará com compartilhamentos de páginas white power. E ainda o Bolsonaro burro na maior cara de pau vem dizer que o “nazismo era de esquerda”.

    • Como ele pode ser patriota se bate continência para a bandeira de um país hostil (leia-se, EUA)?

      Como ele pode ser patriota se afirma com todas as letras que devemos nos curvar perante aos EUA?

      Como ele pode ser patriota se apoia a privatização de empresas nacionais (ele foi aos EUA defender a privatização da Petrobras)?

      Não tem como ser patriota e, ao mesmo tempo, militar pelo escamoteamento do patrimônio brasileiro. Como dizia Enéas, não há Pátria sem patrimônio.

      Att,

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