O avanço do capitalismo ao longo do século XX e XXI levou ao surgimento definitivo de uma classe capitalista global, muito distinta e com características bem peculiares em relação às classes do passado.
Se a classe capitalista do século XIX e da primeira metade do século XX ainda via seus interesses entrelaçados com os interesses imperialistas das nações que sediavam suas matrizes, a financeirização e virtualização do capitalismo concretizaram a desvinculação quase completa entre o capitalismo e os Estados nacionais.
Não é que a classe capitalista não faça uso dos Estados nacionais quando necessário. Ela o faz porque controla seus políticos através do poderio econômico. Mas não há mais sincronia entre o fortalecimento dos capitalistas e a concretização de interesses estratégicos nacionais. Se na era anterior, a era dos imperialismos (em sentido estrito), víamos o conflito por supremacia entre os capitalistas das várias nações, na era atual, a era do globalismo, vemos a harmonia sinárquica da classe capitalista global.
Corporações japonesas e/ou europeias se fundem com corporações americanas, formando imensos conglomerados que exercem, para todos os efeitos, o monopólio concreto sobre uma miríade de setores da economia global. É o que vemos, por exemplo, na fusão entre Bayer e Monsanto. Tudo isso ocorre a despeito dos Estados nacionais e quase sempre na contramão de seus interesses.
Nesse sentido, a classe capitalista atingindo a sua fase global, possivelmente a sua última e derradeira, culminação de suas origens, põe em movimento toda uma campanha dirigida para a dissolução das fronteiras, o desenraizamento dos povos e a destruição das identidades, com o objetivo de dar origem também a um imenso precariado global.
O capitalista alcança, então, a sua autêntica natureza: a de nômade parasita. Caíram todas as máscaras, foram descartados todos os disfarces. O capitalista se revela em sua essência como a criatura apátrida que é. A classe capitalista global, o 1%, é uma casta de nômades parasitas.
Essa casta de nômades parasitas é a verdadeira governante de nosso planeta. Essa casta possui mais poder que qualquer Estado em nosso mundo e é essa casta que move a política dos países atlantistas e mesmo nos países não-alinhados essa casta consegue preservar sua influência.
Este é o inimigo fundamental e contra ele é necessário travar uma guerra sem trégua, de teor internacional, com o objetivo de preservar os povos do mundo.
Perfeito, sensacional!!