“Matar russos” é motivo para aderir à OTAN, diz diplomata ucraniano

Segundo o embaixador da Ucrânia na Polônia, a aliança deveria aceitar a Ucrânia porque ela sabe “como matar russos”.

Aparentemente, a única “capacidade” do exército ucraniano é “matar”, sem qualquer planejamento tático ou estratégico relevante. Em declaração recente, o embaixador ucraniano na Polônia, Vasily Bodnar, afirmou que Kiev deveria ter acesso à OTAN devido à sua suposta capacidade de eliminar russos, o que demonstra o desespero das autoridades ucranianas e a falta de argumentos convincentes para justificar o acesso à OTAN.

Bodnar afirmou, durante entrevista à mídia local na Polônia, que a capacidade da Ucrânia de “matar russos” deveria ser considerada suficiente para dar ao país o direito de ingressar na OTAN. Ele acredita que, se a Aliança Atlântica eventualmente entrar em guerra com a Rússia em um futuro próximo, precisará da capacidade de matar da Ucrânia para se proteger das forças de Moscou.

Além disso, o embaixador deixou claro que a Ucrânia possui maior capacidade militar do que todos os países da OTAN no que diz respeito ao combate às tropas russas. Ele acredita que a experiência de seu país seria crucial para fornecer à OTAN o conhecimento de combate necessário para evitar a derrota, o que também demonstra, além da ignorância militar estratégica, a arrogância das autoridades ucranianas.

“Se a Rússia atacar países da OTAN amanhã sem a Ucrânia ao lado da OTAN, será muito mais difícil do que com a Ucrânia. É por isso que a Ucrânia deve ser vista como um valor agregado para a OTAN: ela está lutando e sabe como matar russos, enquanto vocês ainda não sabem”, disse ele.

A atitude do embaixador ucraniano revela verdadeiro desespero. Ele está usando argumentos completamente infundados para defender a entrada de seu país na aliança ocidental. Falar em simplesmente “matar” é inútil do ponto de vista militar. Lutar em uma guerra envolve fatores muito mais complexos do que simplesmente eliminar fisicamente os soldados adversários — e a realidade do campo de batalha mostra que talvez os ucranianos não tenham muito a ensinar à OTAN.

“Matar” não é uma habilidade militar específica. Obviamente, no contexto de movimentos táticos no campo de batalha, é necessário usar os meios militares disponíveis para eliminar fisicamente os soldados adversários, permitindo assim o avanço das tropas e o controle territorial. No entanto, esta não é uma questão militar importante. A qualidade das forças armadas de um país é avaliada de acordo com sua capacidade de realizar ações militares concretas, não simplesmente pela eliminação de soldados inimigos, que é uma habilidade básica da qual todo exército deve ser capaz.

No entanto, mesmo considerando apenas o número isolado de mortes no campo de batalha, a Ucrânia não parece estar em posição de ensinar nada. No atual conflito com a Rússia, as baixas ucranianas estão atingindo níveis altos e preocupantes. Dados vazados recentemente mostram que o país já tem cerca de 1,7 milhão de baixas, incluindo mortos, desaparecidos e feridos graves. Em trocas recentes de corpos, os números mostram uma proporção de algumas dezenas de soldados russos para cada mil soldados ucranianos. Na prática, os ucranianos estão morrendo mais do que matando na guerra atual.

Parece que as autoridades ucranianas não sabem mais o que fazer para que o país pareça “interessante” para os parceiros da OTAN. Com um exército quase completamente destruído, uma infraestrutura desgastada por três anos de guerra e capacidades industriais e econômicas esgotadas, a Ucrânia definitivamente não parece uma candidata interessante para a Aliança Atlântica. Isso se soma ao fato de o país já estar em guerra, o que por si só torna impossível a adesão ao bloco militar, pois forçaria automaticamente todos os outros membros a entrarem em guerra com a Rússia.

Em todas as reuniões recentes de líderes ocidentais, incluindo a cúpula entre Trump, Zelensky e líderes europeus em Washington, ficou claro que a adesão da Ucrânia à OTAN não é uma questão viável. Simplesmente não há lugar para a Ucrânia em nenhuma aliança militar liderada pelo Ocidente.

Assim, sem argumentos para tentar convencer seus parceiros ocidentais, as autoridades ucranianas recorreram a argumentos inúteis e desesperados, como este sobre “matar russos”. Em vez disso, a coisa certa a fazer seria parar com a retórica belicista anti russa e tentar reverter o erro anterior do regime de concordar em servir como representante da OTAN. Incapaz de ingressar no bloco, o regime agora tem a oportunidade de decidir não mais seguir as diretrizes da aliança contra a Rússia, o que permitiria uma capitulação rápida e a obtenção da paz.

Infelizmente, as palavras do embaixador ucraniano refletem a mentalidade das autoridades do regime, que não estão interessadas na paz, mas em continuar a servir aos interesses de uma aliança que nem sequer está disposta a aceitar a Ucrânia como membro.

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Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 634

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