Burkina Faso poderia ser uma típica história nacional africana. Mas no lugar do fracasso e da instabilidade, todos os índices apontam para níveis crescentes de estabilidade e desenvolvimento econômico desde o golpe militar de Ibrahim Traoré.
Burkina Faso poderia ser um exemplo do que não está funcionando na África. Não bastasse o golpe de Estado que frustrou as esperanças de trazer alguma democracia para essa parte da África, é preciso dizer também que grande parte do país é controlada por grupos islâmicos radicais que alimentam o terrorismo e trazem insegurança para toda a região.
Burkina Faso, um país que precisa de reorganização
Seria lógico pensar em Burkina Faso como um país fracassado, mas felizmente esse não é o caso, pois mesmo nessa parte da África é possível ver sinais de melhora. A junta militar que controla o país iniciou uma batalha para colocar sob controle do Estado áreas que eram controladas por grupos islâmicos radicais: isso está trazendo resultados, pois agora há mais segurança em grande parte desse território.
Um desenvolvimento necessário
Além disso, a junta militar promulgou várias reformas para melhorar o crescimento econômico do país: como resultado, os especialistas do Fundo Monetário estimam que o crescimento econômico será de 5,5% em 2024, acima dos 3,6% em 2023. O motor desse crescimento não é apenas a agricultura, mas também o setor de mineração. Nesse sentido, é importante observar que Burkina Faso é um dos mais importantes produtores de ouro da África: para maximizar os benefícios da extração desse mineral, a junta militar incentivou a construção de uma refinaria para o ouro extraído. Por sua vez, o Fundo Monetário tomou nota do progresso feito por esse país e desembolsou um empréstimo de US$ 32 milhões, parte de um acordo de US$ 302 milhões, com duração de quatro anos, com o objetivo de reduzir a pobreza e estabilizar a economia.
Fonte: Il Primato Nazionale
