FAKE NEWS. Foi isso que o Judiciário brasileiro detectou nas propagandas televisivas do governo Temer sobre a Reforma da Previdência. Por perceber tentativas de “desinformação” e “manipulação”, o Judiciário mandou que essas propagandas fossem retiradas da TV, propagandas que custaram R$ 100 milhões aos cofres públicos .
Maior que desinformação e manipulação, pois, é vergonhosa a tentativa de fomentar divisão social entre trabalhadores do setor privado e trabalhadores do setor público, chamando estes de “privilegiados” (esqueceram dos anos de congelamento de salário?) e promovendo o ódio.
Interessados nesta Reforma estão corporações privadas ligadas à Previdência e a fundos de pensão. O mero anúncio de intenção de emplacar a Reforma fez com que algumas corporações privadas, como a Mongeral Aegon, tivessem aumentos de 80% em sua carteira de clientes em relação ao ano passado.
Certamente, para essas corporações milionárias, a Reforma da Previdência vai ser uma boa oportunidade para que as mesmas se tornem corporações bilionárias. E tudo com base em um mito, uma farsa, uma fraude: a noção de que existe um déficit na Previdência. Na medida em que a Previdência faz parte do sistema de Seguridade Social, de antemão já poderíamos afirmar que inexiste déficit na Previdência.
Mas mais do que isso, toda a propaganda pró-reforma do governo se baseia em cálculos que não levam em consideração todas as fontes de custeio e financiamento da Previdência. Os cálculos do governo excluem COFINS, CSLL e concursos de prognósticos. Tudo isso somado não custeia apenas a Previdência, mas TODO o sistema de Seguridade Social, deixando ainda um superávit de 20 bilhões de reais (em 2015)!
Mas esse superávit poderia ser MAIOR. Não é por causa de uma fraude. Essa fraude praticada pelo governo se baseia em um outro CRIME de improbidade cometido por ele: o governo utiliza a receita da Seguridade Social (que a Constituição ordena que seja utilizada apenas para a Seguridade Social) para aplicar em outros gastos orçamentários, especialmente o pagamento de juros (gerados pelo lançamento de títulos para controlar a SELIC).
Isso é feito através do artifício inconstitucional da desvinculação de receitas da União!
Dinheiro das nossas aposentadorias e pensões é utilizado para pagar banqueiros nacionais e internacionais. E quando faltar esse dinheiro, seremos nós que teremos que pagar mais, e por mais tempo, para seguir financiando este sistema de escravidão dos juros, a usurocracia internacional.
Só uma coisa pode dar fim a esse sistema de escravidão e libertar o povo brasileiro: uma revolução patriótica e popular.