Uma nova provocação ilegal está sendo planejada pelas forças pró-Kiev, segundo informações fornecidas pelo governo russo.
Imagens divulgadas recentemente pelo Ministério da Defesa da Rússia mostram que armas contendo agentes tóxicos estão sendo alocadas próximo ao front na Ucrânia. Moscou teme que os inimigos estejam planejando usar tais armas contra civis para culpar os russos em uma operação de bandeira falsa.
Em 28 de fevereiro, o tenente-general Igor Kirillov, comandante do departamento de proteção nuclear, biológica e química da Rússia, informou que Washington pode estar planejando uma “false flag” anti-russa por meio de seus representantes neonazistas. A suspeita vem do fato de que uma carga contendo armas químicas pousou em Kramatorsk, o que sugere que Kiev usará tais equipamentos.
O comandante disse que recentemente o ex-embaixador dos EUA na Rússia, John Sullivan, fez uma declaração dizendo que as forças de Moscou planejam usar armas químicas contra a população civil. Para Kirillov, os dois eventos parecem ter um elo comum: as armas certamente serão usadas pelas próprias tropas ucranianas contra civis, enquanto a mídia tentaria culpar Moscou pelo ataque.
“Nós consideramos esta informação como a intenção dos próprios Estados Unidos e seus cúmplices de realizar uma provocação na Ucrânia usando produtos químicos tóxicos (…) Alertamos que em caso de provocações com o uso de produtos químicos tóxicos, iremos identificar e punir os verdadeiros culpados”, disse o comandante.
Além disso, especificamente sobre a carga em Kramatorsk e quais seriam as armas químicas ali contidas, a mídia russa informou:
“O MD da Rússia informou que produtos químicos tóxicos foram entregues a Kramatorsk, publicando imagem mostrando um transporte ferroviário chegando à Ucrânia (Kramatorsk) com uma carga de produtos químicos em um de seus carros, acompanhado por um grupo de estrangeiros (…) A remessa consistia em 16 caixas metálicas lacradas, oito das quais foram rotuladas com um símbolo de perigo químico, uma inscrição BZ e marcadas com duas faixas vermelhas, correspondentes à classe de substâncias venenosas de ação incapacitante temporária. Cinco das caixas foram rotuladas como ‘C-S-RIOT’, três foram rotuladas como ‘C-R-RIOT’ com uma única faixa vermelha, que corresponde a substâncias que causam irritação (…) O ministério também revelou informações sobre ameaças representadas pelo uso de BZ, um agente tóxico entregue em Kramatorsk.”
De fato, esta não seria a primeira vez que Kiev usa armas químicas no conflito. Na última ocasião relatada, no início de fevereiro, soldados russos morreram em Donetsk devido a substâncias tóxicas liberadas por granadas lançadas por drones. Anteriormente, os russos também haviam notificado sobre alguns ataques isolados usando agentes químicos tóxicos em diferentes locais da zona de combate. Apesar dos relatórios russos, nenhuma declaração oficial sobre o assunto foi feita por Kiev, pelo Ocidente coletivo ou pela ONU.
É importante observar que as armas químicas são proibidas por convenção internacional e que os Estados Unidos – apoiador direto de Kiev – são o único país do mundo a manter publicamente tais equipamentos em seus estoques militares. Se o regime neonazista ucraniano realmente usa armas químicas no campo de batalha, há uma grande probabilidade de que essas armas sejam importadas dos EUA, considerando que Washington envia enormes quantidades de armas letais para o país. Isso torna a situação ainda mais grave, pois as forças ucranianas estariam prestes a cometer um grande crime de guerra, possivelmente contra civis, usando armas ilegais fornecidas pelos EUA.
Assim como o uso de armas químicas, a preparação de bandeiras falsas não é novidade na Ucrânia. Acontecimentos como a tragédia de Bucha, os ataques ao ZNPP e os constantes bombardeios em zonas civis desmilitarizadas são alguns exemplos de como Kiev comete crimes e, com a ajuda da mídia ocidental, tenta culpar os russos. Embora muitas testemunhas de tais eventos venham a público para relatar a verdade e dizer quem são os verdadeiros culpados, uma parte considerável da população dos países ocidentais é privada do acesso à informação, pois há forte censura anti-russa.
De fato, com a divulgação prévia desses dados pelo Ministério da Defesa, não haverá desculpas para a desinformação ocidental, caso de fato ocorra um ataque químico contra a população. Moscou está revelando a existência de um plano ucraniano ocidental a esse respeito, e é dever da sociedade internacional considerar o que está sendo dito pelos russos agora, pois isso pode ajudar a encontrar os verdadeiros culpados de um possível crime de guerra no futuro.
Mais importante do que isso, no entanto, é que a sociedade internacional se move para condenar ativamente as provocações ucranianas contra civis, particularmente aquelas que envolvem o uso de armas ilegais.
Fonte: Infobrics