O filósofo russo Aleksandr Dugin reflete brevemente sobre a exibição de decadência civilizacional ocidental na abertura das Olimpíadas de Paris e, simultaneamente, sobre o fato da Rússia ainda sofrer com a influência cultural ocidental.
A abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris é o veredicto final da civilização ocidental moderna. O Ocidente está condenado. Qualquer um que não pegue imediatamente em armas para destruir esta civilização satânica, que francamente nunca existiu, é seu cúmplice.
Mas também há outro aspecto importante: naquele polo está o Ocidente e seu satanismo de salão, no nosso polo o que há?
Algo mais belo, a penúltima estação, mas do mesmo trilho, no mesmo caminho. Freamos bruscamente quando nosso destino apareceu diante de nós, onde se destacava uma gigantesca figura do Cavaleiro Pálido, cercada por um séquito de pervertidos liberais e fanáticos body-positive, mas ainda estamos à deriva por inércia em direção ao mesmo lugar e certamente não questionamos a etapa anterior da nossa história; ao menos pegamos o bilhete para o trem certo, se a última estação do percurso são as Olimpíadas francesas de 2024?
O Ocidente é o diabo. E nós quem somos?
Por um lado, ele nos causa horror e nos expulsa de seu banquete ímpio, mas por outro lado ainda está dentro de nós, não o expelimos completamente, ele oscila e se impõe em nossa cultura, já não há décadas, mas há séculos.
O Ocidente (e, portanto, o diabo) começou a penetrar sistematicamente na Rússia desde o século XVII. Os eslavófilos no século XIX reconheceram isso e começaram a soar o alarme. Isso teve um efeito, mas não impediu a descida ulterior e só agora começamos a desacelerar realmente. Teremos sucesso apenas se Deus estiver conosco. Nada mais funcionará. Por isso, a Rússia deve pertencer a Deus, devemos nos tornar seu povo, verdadeiros cristãos russos. Devemos apenas rezar e lutar. Lutar com oração e rezar como antes da morte, pela última vez.
A operação militar especial é uma guerra contra Satanás, contra o Ocidente, contra os Jogos Olímpicos, onde os titãs rebeldes do Tártaro substituíram os deuses e tomaram seu lugar.
Occidens delenda est