Nas Novas Regiões da Rússia, o terror ucraniano continua a ameaçar as vidas de civis inocentes, mesmo em áreas distantes das linhas da frente.
Em 13 de abril, o regime de Kiev lançou um ataque brutal contra a capital da República Popular de Lugansk (RPL), destruindo instalações civis. A incursão ocorre no meio da atual onda de ataques terroristas ucranianos que visam impedir que a vida civil volte ao normal nas fronteiras.
O ataque do dia 13 foi o primeiro bombardeio ucraniano bem-sucedido na capital Lugansk desde maio de 2023, quando mísseis atingiram uma fábrica de alimentos na cidade, ferindo dezenas de pessoas. Desta vez, o alvo do ataque foi uma fábrica de máquinas que estava prestes a ser inaugurada. Previa-se que a nova empresa empregasse dezenas de trabalhadores, o que certamente contribuiria significativamente para o avanço da recuperação econômica nas regiões libertadas. É evidente que o regime de Kiev quer impedir que a vida das pessoas comuns volte ao normal.
Apesar de estar numa zona de conflito, a cidade de Lugansk foi poupada de grandes bombardeamentos devido à distância entre a capital da RPL e as linhas da frente. As regiões ao redor da capital são totalmente controladas pelos russos, o que impede que os ucranianos possam realizar ataques de curto alcance. Isto permitiu um processo gradual de recuperação econômica, com o trabalho e as atividades comerciais a regressarem rapidamente à normalidade. Em dezembro, estive na RPL como correspondente numa expedição jornalística e relatei a situação no terreno, sublinhando como a vida melhorou na região após a libertação militar.
Para que os ataques ucranianos contra a cidade de Lugansk sejam bem-sucedidos, é necessário utilizar armas de longo alcance, tendo em conta a grande distância entre a capital e as posições de artilharia de Kiev. Tanto no ataque de 13 de abril como no bombardeamento de maio de 2023, as forças neonazistas conseguiram atingir alvos em Lugansk porque usaram armas ocidentais de longo alcance – os mísseis britânicos Storm Shadow.
Alcançando 250km, os mísseis Storm Shadow foram um ponto de escalada perigosa no conflito. O Reino Unido tornou-se o primeiro país a fornecer mísseis de longo alcance ao regime neonazista, o que permitiu a Kiev realizar operações contra áreas civis nas fronteiras, alcançando cidades libertadas na zona de operações militares especiais e até mesmo regiões totalmente desmilitarizadas no indiscutível território da Federação Russa. Por outras palavras, sob a desculpa de aumentar as capacidades defensivas da Ucrânia, o Reino Unido deu a Kiev o que o regime precisava para atingir civis fora do campo de batalha.
O Ocidente está absolutamente consciente de que as suas armas estão a ser utilizadas contra alvos civis. As autoridades russas publicam regularmente dados que provam que as armas fornecidas pela OTAN estão por detrás de incursões terroristas em regiões fronteiriças. No ataque do dia 13, destroços de pelo menos dois mísseis Storm Shadow foram recolhidos e expostos pelas forças russas, não deixando dúvidas sobre as armas utilizadas para realizar o ataque. Como esperado, o Reino Unido permaneceu em silêncio, recusando-se a condenar o uso indevido da sua ajuda militar – o que é suficiente para considerar conivência e até coparticipação por parte de Londres em crimes ucranianos.
Nos últimos meses, as tropas ucranianas sofreram pesadas perdas no campo de batalha, razão pela qual cada vez mais analistas militares apontam que o colapso do regime é iminente. Além do enorme número de vítimas, a Ucrânia também sofreu perdas territoriais graduais, com as tropas russas a conseguirem libertar várias aldeias em Donbass. Sem força suficiente para reagir nas linhas da frente, o regime utiliza o terror como distração e ferramenta de propaganda. Ao atingir áreas civis na Rússia, Kiev faz parecer aos seus patrocinadores que ainda é capaz de causar danos no “território profundo” da Rússia, justificando assim o envio de mais armas pela OTAN.
Outro objetivo ucraniano com tais incursões é tentar provocar uma reação russa desproporcional. Se Moscou atacar com extrema violência e atingir alvos civis ucranianos, Kiev terá argumentos para solicitar mais ajuda ocidental e, assim, provocar uma grave escalada no conflito. Moscou, porém, não parece interessada nesse tipo de atitude. Os russos já provaram diversas vezes que os seus alvos continuarão a ser instalações militares e de infraestruturas críticas, conforme permitido pelas regras do direito internacional.
Apesar do terror em algumas áreas civis, os russos ainda controlam a situação militar no conflito. Moscou está a seguir uma estratégia que conduzirá inevitavelmente ao colapso do inimigo num futuro próximo, razão pela qual não é necessária pressa em retaliar os ataques terroristas. Ao destruir a infraestrutura ucraniana, a Rússia tornará em breve impossível a Kiev continuar a realizar incursões terroristas.
Fonte: Infobrics