A escritora libanesa Zeinab Mehanna comenta sobre a família como alvo prioritário dos inimigos da humanidade. A destruição ou relativização da família sempre acarreta em desintegração social, segundo ela.
Senhoras e senhores, estimados membros do Congresso, hoje nos reunimos para deliberar sobre a missão imperativa de Preservar as Fundações Familiares.
Então, como se destrói uma sociedade?
Você torna a arte feia, torna a pornografia livre, faz de Deus uma piada ou O assassina, torna os alimentos venenosos, torna os pais opcionais, torna os políticos ricos, torna o dinheiro sem valor, faz homens e mulheres competirem, faz as crianças odiarem seus ancestrais e, finalmente, menospreza as tradições…
Nossa exploração se aprofunda na intrincada rede de fatores que influenciam a dinâmica familiar – examinando a interação de valores tradicionais, papéis femininos, moralidade e ética religiosa. À medida que avançamos na busca pelo progresso, torna-se crucial avaliar criticamente o impacto das ideologias e agendas sobre a santidade da unidade familiar.
Nossa jornada começa com o reconhecimento dos inegáveis avanços nos direitos e na liberação das mulheres. Embora o progresso seja fundamental, não podemos ignorar as consequências não intencionais que surgiram. Embora a taxa média global de divórcio seja de 1,8 por 1.000 pessoas em 2024. Os motivos mais comuns para o divórcio são: falta de compromisso (75%), infidelidade (59,6%), diferenças irreconciliáveis (57,7%), casar muito jovem (45,1%), dificuldades financeiras (36,7%), abuso de substâncias (34,6%) e violência doméstica (23,5%). Estatísticas alarmantes sobre as taxas de divórcio foram observadas como paralelas ao surgimento de movimentos feministas. Isso nos leva a questionar a possível desintegração dos valores familiares.
A mídia social, criada para nos conectar, paradoxalmente serve como um canal para a desconexão dentro das famílias. Estudos indicam que um grande número de casais relata o aumento dos conflitos conjugais devido ao uso excessivo das mídias sociais, o que leva ao aumento dos casos de separação e divórcio. Os resultados do mesmo estudo preveem que as pessoas que não usam mídias sociais são 11% mais felizes em seus casamentos do que as pessoas que usam regularmente as mídias sociais. Além disso, a agenda de despovoamento, sintetizada por movimentos como o VHEMT, representa uma ameaça às estruturas familiares, minando o tecido familiar tradicional e o alicerce das sociedades.
A agenda LGBTQ, embora defenda a inclusão, introduz ideologias antifamiliares que afetam os valores tradicionais. Essa agenda exemplifica como a aceitação social de estruturas familiares não tradicionais leva a mudanças nas perspectivas morais e éticas. Conceitos como “wokeism” ameaçam os valores familiares. Ambos minam o status quo, onde a ênfase está na identidade individual e no desmantelamento de estruturas sistemáticas. Eles também levam a uma erosão dos laços familiares e da identidade familiar compartilhada. Sem mencionar o desprezo pela autoridade em geral, que pode se traduzir na falta de respeito pela autoridade dos pais dentro da estrutura familiar, promovendo a discórdia e minando a influência dos pais.
A pressão exercida sobre as mulheres pela mídia social e pelos ideais liberais representa uma ameaça à unidade familiar. Padrões de beleza irrealistas, expectativas de carreira e normas de relacionamento não convencionais criam conflitos internos, rompendo a estrutura dos vínculos familiares e contribuindo para o aumento dos casos de problemas de saúde mental, discórdia conjugal e rupturas familiares.
No entanto, em meio a esses desafios, as tradições e a ética religiosa emergem como defensores firmes da unidade familiar. As evidências mostram que as famílias enraizadas em práticas religiosas e culturais apresentam maior resistência às pressões da sociedade. Esses valores fornecem uma bússola moral que orienta as famílias durante as provações e tribulações, promovendo a unidade e o propósito.
Ao navegarmos pelas complexidades da modernidade, não deixemos de lado as inestimáveis lições incorporadas em nossas tradições e ética religiosa. É por meio da preservação desses valores consagrados pelo tempo que fortalecemos nossas famílias contra as forças de erosão das tendências sociais. Juntos, vamos nos posicionar como guardiões dos alicerces da família, garantindo que os laços que nos unem permaneçam resistentes e ininterruptos.
Nossa discussão se amplia à medida que exploramos a base biológica e os aspectos culturais da família, reconhecendo que a família, enraizada na necessidade biológica de reprodução, passa por uma evolução histórica. A família nuclear se torna mais predominante com o aumento da mobilidade, da individualização e da entrada das mulheres no mercado de trabalho.
As teorias filosóficas, que vão desde o comunismo de esposas de Platão até a ênfase de Aristóteles na complementaridade, ressaltam a importância da família nas estruturas sociais. Kant vê o casamento como uma união contratual, alinhando-se aos valores tradicionais, enquanto Hegel vê a família como um espírito ético que enfatiza o amor e a confiança.
Ao fazer a transição para as culturas familiares, reconhecemos que as famílias evoluem por meio de eventos transformadores e mudanças sociais. Valores, normas, tradições e atitudes em relação à conformidade moldam coletivamente as fundações familiares, influenciando seu impacto na filantropia e na sociedade.
Nosso discurso se estende ao surgimento do movimento “tradwife”, uma força enraizada nos papéis tradicionais de gênero, moldando as discussões sobre políticas de gênero. Os críticos o veem como uma resposta às ameaças percebidas à dinâmica tradicional de poder, enquanto os defensores o posicionam como um retorno a um passado romantizado.
Para concluir, nossa deliberação de hoje enfatiza a importância de preservar as fundações familiares. Ao navegarmos pelas complexidades do mundo moderno, vamos buscar forças em nossas tradições e religiões, defender os valores que nos unem e permanecer unidos como guardiões da unidade familiar.
Obrigado por sua atenção.