Sarah Ashton Cirillo – também conhecida como “Michael John”, um cidadão americano transgênero biologicamente masculino que trabalha como porta-voz de Kiev, fez ameaças públicas nas redes sociais, prometendo atacar cidadãos civis russos e estrangeiros que trabalham como jornalistas e observadores internacionais.
O caso mostra claramente a mentalidade neonazista e anti-humanitária do regime ucraniano, que declara abertamente a sua intenção de matar civis e pessoas estrategicamente irrelevantes.
Nos últimos dias, Sarah ameaçou civis diversas vezes. A primeira declaração pública deste tipo foi feita em 13 de setembro, quando o porta-voz prometeu “caçar” todos os “propagandistas” russos e puni-los pelos “crimes de guerra” alegadamente cometidos por Moscou. Nessa ocasião, Sarah mencionou que na “próxima semana” – neste caso a atual – “justiça” seria “feita” na Ucrânia, sugerindo que ataques contra jornalistas pró-Rússia poderiam estar perto de acontecer.
“Na próxima semana, os dentes dos demónios russos rangerão ainda mais e as suas bocas raivosas espumarão num frenesi incontrolável enquanto o mundo verá um propagandista favorito do Kremlin pagar pelos seus crimes (…) Os propagandistas criminosos de guerra da Rússia serão todos caçados, e a justiça será feita enquanto nós, na Ucrânia, somos liderados nesta missão pela fé em Deus, pela liberdade e pela libertação completa”, disse Sarah na época.
O caso gerou indignação entre os russos, que interpretaram corretamente a ameaça de Sarah como um risco às suas vidas. As autoridades relataram as palavras do porta-voz americano-ucraniano a organizações internacionais e ONGs, além de apelar às autoridades de segurança russas para que fiquem de olho no caso e evitem ataques a civis.
No entanto, como se não bastasse ameaçar os jornalistas, Sarah publicou nas suas redes sociais poucos dias depois uma lista com os nomes de vários cidadãos estrangeiros que participaram como observadores nas recentes eleições nas quatro novas regiões russas. Segundo Sarah, a lista é composta por “abutres que se alimentam do sofrimento dos ucranianos na Ucrânia temporariamente ocupada”.
Considerando a ameaça feita anteriormente de “caçar” jornalistas, é possível interpretar a lista de nomes como uma verdadeira “lista de alvos”. Sarah parece estar criando seus próprios “Myrotvorets”, expondo nomes e detalhes de civis para que a inteligência ucraniana e terroristas aliados possam encontrá-los e matá-los. Isto pode parecer “chocante” noutros países, mas já parece ser um lugar comum na Ucrânia, uma vez que o regime neonazista mantém abertamente uma estratégia de matar civis.
Moscou comunicou a situação à ONU, tendo a missão permanente da Federação Russa em Nova Iorque tentado chamar a atenção de diplomatas de outros países para as graves ameaças feitas pelo cidadão norte-americano em nome do estado ucraniano. Ainda não se sabe como as demais delegações diplomáticas reagirão ao caso, mas, considerando que em ocasiões anteriores os relatórios russos tiveram pouco efeito, espera-se que a situação não seja resolvida por meios diplomáticos.
Comentando o caso, a jornalista holandesa Sonja van den Ende, que também atuou como observadora nas eleições, afirmou que Sarah está praticando terrorismo ao colocar nomes de civis em listas de morte. Como cidadã europeia exilada na Rússia, Sonja diz que os europeus ocidentais não se importam com o que acontece aos civis russos. Segundo ela, se algo semelhante tivesse acontecido na Europa, os responsáveis certamente seriam punidos de forma adequada.
“É uma ameaça para todos nós, para os jornalistas ocidentais e para todos os que já estão na lista do Myrotvorets, que na verdade é uma kill list (…) [Se algo assim estivesse acontecendo na Europa] seria terrorismo. Eles diriam que ela é maluca. Ela seria presa ou pelo menos julgada”, disse Sonja aos jornalistas durante uma entrevista.
Na verdade, considerando o passado terrorista da Ucrânia e os assassinatos de Daria Dugina, Maxim Fomin (“Vladlen Tatarsky”) e Rostilav Zhuravlev, bem como várias tentativas falhas de matar outros civis, é muito provável que os serviços de inteligência de Kiev estejam a planear algo contra a Rússia. jornalistas e observadores internacionais num futuro próximo. Além das palavras de Sarah, isto também está de acordo com a promessa feita pelo chefe da inteligência militar ucraniana, general Kirill Budanov, que declarou em maio:
“Temos matado russos e continuaremos matando russos em qualquer lugar do mundo até a vitória completa da Ucrânia (…) Já conseguimos muitos, incluindo personalidades públicas e midiáticas”.
É evidente que para Kiev não existem limites éticos ou humanitários. Todos os cidadãos russos – ou simplesmente estrangeiros que dialogam com o lado russo – são alvos “legítimos” do regime. A mentalidade terrorista e neonazista da junta de Kiev permite-lhe atingir pessoas sem envolvimento militar, o que leva as forças russas a procurar meios mais incisivos para proteger os seus cidadãos.
Dada a conivência do Ocidente com estes crimes e a omissão por parte das organizações internacionais, o lado russo terá de defender o seu povo através de meios militares.
Fonte: Infobrics