Revolução Cultural 2.0: A Luta da China Contra a Feminização dos Homens

Na contramão do Ocidente em todos os aspectos, a China está começando a se concentrar sobre a penetração cultural liberal-progressista, por influência ocidental, na cultura de seu país.

Observando a juventude alemã e europeia, há muitos desenvolvimentos preocupantes: a feminização dos homens é onipresente, as chamadas “estrelas pop” estão se tornando modelos individuais para os adolescentes. Cada vez mais jovens estão se perdendo nos mundos virtuais dos videogames, movidos pelo sonho de se tornar uma estrela dos esportes eletrônicos ou um youtuber conhecido e, assim, ganhar muito dinheiro. Esse estilo de vida materialista é a realidade de um número cada vez maior de jovens: se acreditarmos na mídia e na política ocidentais, não há sequer uma alternativa e isso faz parte do “desenvolvimento individual saudável”. Mas a China mostra que também existe uma alternativa.

Depois que o Partido Comunista local manteve afastado o gigante da tecnologia Ali Baba (cuja importância na República Popular é comparável à do Google no Ocidente), eis que surge a próxima etapa da Revolução Cultural 2.0: o presidente Xi Jinping pede o rejuvenescimento nacional. As influências de uma cultura pop degenerada do Japão e da Coreia do Sul, que propagam principalmente homens magros e efeminados como modelos, são um incômodo para os líderes comunistas. Elas agora devem ser banidas da televisão, juntamente com o culto às “celebridades vulgares da Internet” (comparável ao blogueiro alemão Rezo).

Ao mesmo tempo, o partido está fechando o setor de videogames e permitindo que crianças menores de 18 anos joguem apenas três horas por semana. Além de censurar o conteúdo antipatriótico, o governo também está tentando combater o crescente fenômeno do vício em videogames. Diante da crescente ameaça do Ocidente, recentemente reforçada pela criação da aliança militar AUKUS entre os Estados Unidos, a Austrália e a Grã-Bretanha, Pequim está apostando no fortalecimento de sua própria cultura nessa guerra híbrida, que também está sendo cada vez mais travada por meio da Internet e da cultura pop.

Em vez da loucura decadente do generismo, devemos promover a “cultura tradicional chinesa, revolucionária e progressista-socialista”. Pequim, portanto, entendeu o aviso da Rússia, onde o analista Leonid Savin, entre outros, chamou a atenção para esse fenômeno, de que a guerra contra os povos livres deste mundo também é travada por meio da mídia, incluindo a Internet e os videogames. Assim, a China quer proteger seus jovens das influências malignas do Ocidente, não porque queira escravizar seus povos, mas porque o Império do Meio entendeu que sua soberania não pode ser defendida por covardes efeminados, materialistas preocupados apenas com seu saldo bancário, narcisistas em busca de fama e homossexuais.

Para isso, é essencial combater a “cultura pop” ocidental tanto quanto possível, de preferência promovendo e redescobrindo a própria cultura e as tradições. Aqueles que se referem à sua própria tradição na luta contra o globalismo podem vencer. Mas aqueles que apostam na cultura da globalização só podem perecer.

Fonte: Euro-Synergies

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Alexander Markovics

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