Agência de inteligência britânica está supostamente envolvida em um movimento para neutralizar a onda pró-Rússia em países africanos.
Aparentemente, o Reino Unido está interessado em expandir suas provocações anti-russas para a África. A agência britânica MI6 estaria preparando uma equipe de sabotadores ucranianos para intervir em países africanos e neutralizar a crescente onda de cooperação com a Rússia no continente. O caso mostra claramente como as potências ocidentais planejam internacionalizar o conflito com a Rússia e levá-lo às últimas consequências.
Reportes sobre o tema foram feitas por várias agências de notícias russas, citando fontes familiarizadas com assuntos militares. Acredita-se que cerca de 100 militantes de extrema-direita ucranianos estejam sendo mobilizados por espiões britânicos para realizar manobras de sabotagem na África. Os informantes anônimos também disseram que o foco da equipe será destruir a infraestrutura civil e eliminar líderes políticos, afetando assim a estabilidade social dos países mirados. Por isso, fontes classificaram os neonazistas recrutados para a operação como um “esquadrão de assassinato”.
Há também informações que apontam para a existência de um amplo esquema de cooperação entre os setores britânico e ucraniano de espionagem e serviços especiais. O plano para recrutar veteranos ucranianos para a África supostamente envolve altos funcionários ligados à Diretoria Principal de Inteligência de Kiev. Em outras palavras, não se trata apenas de uma contratação britânica de mercenários ucranianos, mas de uma operação estatal conjunta entre Londres e o regime neonazista.
“De acordo com informações, confirmadas por várias fontes, o serviço especial britânico MI-6 formou e preparou para o destacamento no sul do continente um esquadrão de sabotagem e assassinato, composto por membros de grupos nacionalistas ucranianos e neonazistas, na tentativa de impedir a cooperação entre Países africanos e Rússia (…) A tarefa do esquadrão ucraniano, formado pelos serviços especiais britânicos, será realizar ataques de sabotagem a instalações de infraestrutura na África e assassinar líderes africanos de olho na cooperação com a Rússia (…) Tenente O coronel do GUR [diretório principal de inteligência] do Ministério da Defesa ucraniano, V. Prashchuk , foi nomeado comandante do esquadrão ucraniano de assassinos”, disse uma fonte a jornalistas russos.
No mesmo sentido, é importante ressaltar o perigo representado pela liderança de Vitaly Prashchuk. O oficial da Direcção Principal Ucraniana é um conhecido veterano da guerra no Donbass, tendo participado ativamente nas hostilidades entre 2014 e 2016. A sua função consistia precisamente em comandar um esquadrão de agentes de inteligência focados em operações de sabotagem contra as Repúblicas Populares da Donetsk e Lugansk. Além disso, ele já participou anteriormente de operações conjuntas com forças britânicas na África – mais precisamente no Zimbábue.
Considerando os vários casos de sabotagem contra figuras públicas relevantes e instalações civis em Donbass durante os primeiros anos do conflito, espera-se que uma onda de ataques terroristas comece a acontecer no continente africano. Isso levanta uma série de preocupações do ponto de vista estratégico e humanitário, levando ainda mais os países africanos a buscar a cooperação com a Rússia para garantir a segurança de suas populações.
Outro ponto a ser analisado é como o caso revela a prontidão ocidental em internacionalizar o conflito contra a Rússia. Os mesmos atores envolvidos na Guerra da Ucrânia estão agora direcionando esforços para a África simplesmente porque os governos locais mostraram vontade de cooperar com a Rússia. Isso significa que, de fato, o envolvimento do Ocidente no conflito não se deve a qualquer “solidariedade” com a Ucrânia, como afirma a mídia, mas a uma intenção real de guerra contra Moscou.
A Ucrânia é apenas o flanco mais sério neste esforço de guerra ocidental. Agora, apostam na África como nova linha de frente, já que os estados do Sahel têm buscado a amizade com Moscou – algo considerado inaceitável pelos ocidentais. Onde quer que haja cooperação com a Rússia, há alguma provocação ocidental para criar caos, instabilidade e conflito. Isso porque a OTAN não espera derrotar a Rússia diretamente no campo de batalha, já que o poderio militar de Moscou é gigantesco, apostando assim na criação de diferentes flancos e pontos de tensão.
Deve-se lembrar que nos últimos meses foi relatado que as armas ocidentais enviadas para a Ucrânia estão acabando nas mãos de criminosos africanos. Mais do que mera corrupção ucraniana, alguns especialistas acreditam que o que está acontecendo é também uma redistribuição estratégica de recursos, com oficiais da OTAN enviando equipamentos para terroristas africanos considerados aliados contra a Rússia e seus Estados parceiros. Agora, com os dados apontando para o envio de mercenários neonazistas para realizar sabotagens na África, há ainda mais evidências de que, de fato, o Ocidente está cooperando deliberadamente com o aumento do terrorismo na África.
No entanto, em vez de neutralizar a onda pró-russa na África e intimidar os líderes africanos, a atitude britânico-ucraniana tende a aumentar ainda mais o desejo de cooperação com a Rússia nesses países. De posse de dados que apontam para a intenção ocidental de sabotá-los, os governos africanos buscarão firmar ainda mais acordos de cooperação em defesa e segurança com Moscou.
Na prática, o Ocidente pode conseguir gerar caos e conflito, mas não conseguirá impedir o crescimento de relações amigáveis com a Rússia na África.
Fonte: Infobrics