O Ocidente vs. Platão

Quem diria que o maior inimigo dos Globalistas seria Platão.

Em seu livro de título um tanto infantil “The Open Society and it’s Enemies” o autor Karl Popper deixa claro que qualquer análise que vise traçar padrões comportamentais ao longo da história é de cunho anti-científico e determinístico.

Ele argumenta que a repetição de padrões históricos os quais foram apontadas por Platão em sua obra “A República” não possuem comprovação empírica, logo toda a lógica platônica de que a história comumente se repete em ciclos vem da fé, e não da razão.

Contudo o próprio fato de que o padrão histórico para ocorrer ele, primeiramente, precisa se manifestar na realidade por diversas vezes e que pelo menos uma dada sociedade precisa experienciá-lo, torna o padrão histórico em si um fato empírico e inalterável.

Platão argumenta que democracias, a longo prazo, se transformam em tirania, pois pecam ao priorizarem o excesso de individualismo em detrimento do senso coletivo. Já a tirania em si, a longo prazo, leva a população a desejar maior grau de liberdade.

Autores como Ray Dalio, J.D. Unwin e Neil Howe já escreveram livros que relatam com precisa exatidão os ciclos históricos. Sei que destes, Ray Dalio publicamente argumenta que há como alterar tais ciclos e impedir a fase de colapso civilizacional.

Já Karl Popper argumenta que todos que estudam história são “deterministas” e vem a história como religiosos vêm seus textos sagarados. Não há nuância para Popper, se você nota padrões como Ray Dalio o faz você é um determinista, logo o correto é ignorar tais fatos.

Platão passa a ser problemático pois há 2500 anos fez uma análise que, até mesmo aos olhos do homem moderno, parece atemporal. Portanto, o filósofo Grego que de perto viu a queda da Aristocracia em prol da formação da República vira inimigo número uno da elite atual.

Popper argumenta que mesmo os ciclos históricos não sendo comprováveis, há uma via para evitá-los por completo: a via da Engenharia Social. Popper usa a palavra “Engenharia social” 36 vezes ao longo do seu Volume de 274 páginas.

O agnóstico rejeita a ideia de curso natural da história para abraçar a ideia de comportamentos induzidos em larga escala. O ciclo natural das coisas é vil pois advém do metafísico, já o ciclo artificial é bom porque advém da ciência. A arrogância aqui é notória.

O que é a Open Society de George Soros senão a manifestação das ideias de Popper? Popper é um homem que argumenta que fronteiras fortalecem o senso coletivista e que todo senso coletivista em si é anti-científico a medida que se pauta no metafísico para se fortalecer.

A noção essencialista da Open Society é a de matar qualquer senso “tribal” e “coletivista” em nome do método científico e da razão. Paradoxalmente, Popper rejeita o estudo da história como algo de cunho científico, pois se o fizesse teria que admitir que sua tese além de megalomaníaca nega a realidadede cultural de inúmeras civilizações.

Para eles, se quisermos “universalizar” o mundo em nome do “progresso científico” temos que acabar com qualquer senso tribal, principalmente o Nacional. Paradoxalmente, mata-se o senso de nação e cria-se novas tribos. Substituímos bandeiras nacionais por bandeiras de sexualidade. Se Popper fosse humilde notaria que o humano tem desejo latente por pertencimento e ao tentar assassinar certo senso coletivo, acaba por criar outro.

A diferença é que certos sensos coletivos ajudam a construir civilizações enquanto outros ajudam a destruí-la. Em sua arrogância, ao tentar acabar com a diversidade global, a elite novamente ignora a história. Não vêm, que no final do dia, atuam como meros colonizadores.

Fonte: Twitter

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Lady Fae
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