Protestos pacíficos dos sérvios no Kosovo levaram a duros confrontos com as forças de ocupação da OTAN na região. O povo sérvio reage ao expansionismo albanês no território sérvio do Kosovo.
Mais uma vez, Kosovo está de volta aos holofotes internacionais com imagens chocantes de violência e luta entre sérvios, albaneses e soldados da OTAN.
O motivo da raiva é o medo dos sérvios no norte de Kosovo (onde eles são a maioria), que veem o domínio albanês se estreitando ao seu redor. Em 2013, Belgrado e Pristina assinaram um acordo de cooperação que não representava o reconhecimento pela Sérvia de um Kosovo independente, mas tinha o objetivo de facilitar a vida de ambas as comunidades. Após o acordo, os sérvios reconheceram a polícia e o judiciário de Kosovo, entre outros. No outono passado, a situação já estava tensa em relação à questão das placas de identificação. Finalmente, Belgrado cedeu novamente e se comprometeu a parar de emitir placas de identificação para as cidades de Kosovo.
Os sérvios fizeram concessões, mas os compromissos albaneses com os sérvios demoraram a chegar. Cansados de não serem respeitados, os sérvios do norte de Kosovo abandonaram em massa seus cargos na administração, na polícia e nos municípios de Kosovo. A política de cadeiras vazias foi um forte sinal pacífico para forçar os albaneses a respeitar sua parte do acordo e permitir a criação de uma comunidade de municípios sérvios que reuniria todos os municípios onde os sérvios são maioria. Em vez de entender a mensagem sérvia, os albaneses se aproveitaram da situação para tomar postos sérvios e ocupar seus municípios. As forças especiais albanesas do ROSU acompanharam os novos administradores, cuja primeira ação foi arrancar as bandeiras sérvias das fachadas das prefeituras e substituí-las por bandeiras kosovares.
Os sérvios reagiram com manifestações pacíficas para expressar sua desaprovação, mas a polícia albanesa e a KFOR (OTAN) com equipamento de combate intervieram. A situação degenerou rapidamente. Dois sérvios chegaram a ser baleados e dezenas ficaram feridos em ambos os lados. As manifestações de quarta-feira foram mais calmas, mas o fogo continua a arder. O exército sérvio foi colocado em alerta máximo e enviado para a fronteira de Kosovo, que pode entrar em erupção a qualquer momento.
A OTAN, os Estados Unidos e a União Europeia condenaram oficialmente as ações dos albaneses, mas isso parece bom demais para ser verdade. Desde a agressão da OTAN em 1999, Washington tem controlado as coisas em Kosovo. Esse último episódio de tensão e as tentativas albanesas de assumir o controle do norte do Kosovo parecem mais uma manipulação orquestrada pelo Tio Sam para isolar definitivamente o norte do Kosovo de Belgrado e colocar o presidente sérvio Alexandar Vucic em apuros por se recusar a reconhecer um Kosovo independente e irritar a UE e os EUA ao se recusar a aplicar sanções contra a Rússia. Se Washington tivesse sido sincero, as forças da OTAN teriam protegido os sérvios das forças albanesas em vez de ficar do lado deles.
Quando os EUA, a OTAN e a UE bombardearam ilegalmente a Sérvia em 1999 e depois reconheceram ilegalmente a independência de Kosovo em 2008, eles juraram que estavam fazendo isso pela “democracia e paz entre os povos”. Mais de vinte anos depois, Kosovo continua sendo um pandemônio de caos. A atual manipulação atlantista é apenas mais uma estação no caminho da cruz para os sérvios, que estão pagando caro por seu apego à fé cristã e à liberdade. Mais informação na próxima estação.
Fonte: Adáraga