A contradição entre o neoconservadorismo e a russofobia

O camarada Elizeu Gasparini compartilha impressões sobre a russofobia total que vem afetar o dito fenômeno conservador ocidental, como simulacro dos próprios efeitos danosos de pensadores liberais e anti-tradicionais.

Talvez este seja um assunto já tratado de forma cansativa por ser tão recorrente, mas tenho observado, nos últimos tempos, em redes sociais, grupos, etc, com membros que se declaram adeptos de um “conservadorismo, um verdadeiro tabu quando o assunto é Oriente e Rússia, principalmente no que se trata à pacificação da Ucrânia.

Faz anos que o termo “nacionalismo” se tornou um sinônimo de “esquerda”, sabe-se lá porquê… mas o extremo a que se chegou o medo do fantasma do comunismo simplesmente associando-o à Rússia como nação “comunista”, sendo que vários países também estavam nesse sistema e saíram dele com a queda da URSS, chegou ao ridículo.

Há ainda o fato de que “filósofos” ocidentais (no mau sentido do termo “ocidental”) como Olavo de Carvalho e tantos outros de semelhante esquizofrenia ideológica, injetaram no consciente global que “o mundo oriental quer destruir o ocidente”, quando na verdade estão apenas defendendo sua cultura da globalização e do globalismo em si, como a real dissidência já incansavelmente sabe.

Bem, este que vos fala já foi seguidor ferrenho de Olavo de Carvalho; seu seguidor, tendo-o como guru ideológico. Após alguns anos, depois de abandonar o Olavismo, enxerguei o quão mentiroso e ridículo este suposto pensador era, vendo-o debater com outro filósofo. Ele escarnecia as ideias do filósofo como mentiras e naquele mesmo momento refleti “se eu fosse um leitor qualquer, daria crédito total aos argumentos de Olavo”… isso foi apenas um desabafo pessoal, mas voltando à grande questão:

O título de vilania imposto à Rússia e ao Oriente:

O que se construiu de forma inconsciente nas populações do mundo globalizado ocidental pelas elites e “pensadores” do mundo pós-humano contemporâneo, tanto no espectro ideológico da esquerda identitária quanto na direita americanófila, é que o Oriente e a Rússia são os vilões dos males do mundo; para a esquerda, pela Rússia ser um país no qual as tradições são praticadas de forma livre, abertamente e as minorias são “reprimidas”; para a direita americanófila, por uma suposta farsa da Rússia no que concerne a ser um país cristão tradicionalista quando, por baixo dos panos, são comunistas que pretendem dominar o mundo, sendo utilizados por essa direita argumentos toscos, alegando-se que a Rússia comemora a vitória sobre o nazismo, mostrando símbolos utilizados na época da guerra (que de fato são símbolos comunistas, que venceu o nazismo na URSS) tendo sido a Rússia país membro da antiga URSS, e por isso é até hoje um país comunista, apenas fingindo ser um “país cristão”.

Essa mesma direita e essa mesma esquerda que gritam e esperneiam, no que tange à Rússia comemorar sua vitória da Segunda Guerra Mundial, simplesmente colocam vendas nos olhos para a relação da atual Ucrânia com o neonazismo, alegando ser mentira o fato de que o batalhão Azov É formado por neonazistas, por mais que tentem se esconder embaixo da bandeira israelense e de banqueiros sionistas, desde o início da guerra civil ucraniana. Azov, Pravy Sektor e outros militantes neonazistas ucranianos e pró-Ucrânia praticavam tal relação sem problema algum, sendo isso ignorado pela esquerda e pela direita pós-humanas atuais.

“Podem praticar chacinas, matar crianças, idosos, queimar e torturar civis desde aquele período até hoje… MAS NÃO SE RELACIONEM COM A RÚSSIA, ISSO É INACEITÁVEL”.

A pacificação na Ucrânia atual é apenas consequência da guerra civil ucraniana russofóbica. Civis etnicamente russos foram chacinados por um período de tempo longo demais. Deu-se a única resposta possível após várias tentativas pacíficas para a sobrevivência dos russos que ainda residiam da Ucrânia: guerra étnica por território.

Tal questão culminou, como dito, na pacificação ucraniana pela Rússia e pró-russos. Foi inevitável quando o ocidente satânico ultrapassou os últimos resquícios da tradição ainda existente e da última resistência contra o satanismo do materialismo ocidental: a Rússia e seus aliados.

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Elizeu Gasparini

Lutador, praticante de treinos de força, entusiasta da violência e de boas leituras.

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