Nos EUA, democratas e republicanos têm praticamente a mesma política econômica liberal e capitalista e a mesma política externa de polícia internacional (mudando apenas a localização: geralmente, republicanos se metem mais no Oriente Médio, e os democratas se metem mais na América Latina, sofrendo variações dependendo da demanda). O que muda um pouco, pelo menos pelo o que se tem visto nos últimos anos, é a pauta dos valores sociais e culturais.
Democratas são mais liberais nesses valores, enquanto republicanos são geralmente conservadores. O sistema só funciona justamente por esse troca-troca. O Povo não ia aguentar se só candidatos totalmente liberais nos valores se mantivessem no poder. Guerras civis seriam comuns. Igualmente, a agenda liberal (que o ocidente, do grande reset, quer empurrar) não avançaria se somente candidatos conservadores nos valores se mantivessem no poder (ainda que liberais na economia, ainda que policiais do mundo).
O objetivo principal é diluir as raízes sociais e culturais das sociedades do mundo. Os republicanos existem justamente como a balança que mantém o sistema liberal americano vivo, porque, obviamente, o partido Democrata, que é liberal em tudo, é uma completa aberração para a maior parte dos americanos.
A mesma coisa eles querem e tentam implementar no Brasil. De 4 em 4, ou de 8 em 8 anos, o Brasil terá saciada a vontade popular de um candidato conservador nos costumes, mas tanto este quanto a oposição terão que ser privatistas e liberais na economia. O candidato “democrata” será liberal nos costumes mas dará crédito aos pobres (desde que dê lucro aos bancos [caso de Lula]).
O candidato “republicano” será conservador nos costumes desde que seja absolutamente liberal na economia e desmontador das empresas estatais, inclusive estratégicas (caso de Bolsonaro).
CONCLUSÃO: estamos em um sistema PODRE que serve SEMPRE e APENAS à agenda liberal hegemônica ocidental.