Foi relatado pela Rússia e outras fontes que os EUA têm dado apoio à Ucrânia no desenvolvimento de armas biológicas e nucleares, um fator com potencial de comprometer a operação militar e soberania russa diante das imposições ocidentais.
Por Andrew Korybko
As alegações da Rússia sobre o programa de armas biológicas da Ucrânia com apoio estadunidense são credíveis, uma vez que se alinham com as intenções consistentemente hostis dos EUA, impulsionadas pelos seus interesses em destruir seu rival histórico através da Guerra Híbrida. Se Putin não tivesse ordenado a operação especial russa quando o fez, é muito provável que a Ucrânia teria obtido essas armas e as usado, com suporte dos EUA, para chantagear a Rússia à submissão.
O ministro da Defesa russo compartilhou no domingo (6 de março) a revelação alarmante de que os EUA estariam ajudando a Ucrânia com manufatura ilegal de armas biológicas. De acordo com o porta-voz Igor Konashenkov, Kiev ordenou recentemente a destruição desses patógenos e documentos conectados a experimentos relacionados por causa de pânico após o início da operação militar especial russa sobre a ex-república soviética vizinha. A Sputinik publicou um relatório detalhado desse desenvolvimento para ser lido por aqueles que ainda não estão familiarizados com a questão sensível dos bio-laboratórios dos EUA surgindo nas fronteiras da Rússia.
GreatGameIndia também relatou em artigo, dias antes da revelação do ministro da Defesa russo, que “a embaixada dos EUA removeu todas as evidências de laboratórios de armas biológicas da Ucrânia”, no qual o canal também vinculou a materiais arquivados desse estabelecimento oficial diplomático, confirmando a existência dessas instalações. Os EUA negam oficialmente essas alegações e sustentam consistentemente que seus bio-laboratórios externos não produzem armas ilegais, embora a Rússia suspeite que seu rival não esteja sendo sincero. Foram expressas preocupações de alto nível sobre a segurança e intenções estratégicas dessas instalações pelas autoridades russas em 2020 e 2021.
Toda essa informação é compreensivelmente confusa para a maioria dos consumidores médios de notícias, que provavelmente já está sobrecarregada de tudo o que tem acontecido nas últimas duas semanas, sem mencionar os últimos dois anos desde o início da pandemia do Covid-19. Claro que é por conta de cada um concluir se os relatos da Rússia sobre se o programa da Ucrânia de armas biológicas apoiado pelos EUA são falsos ou verdadeiros, mas o autor está convencido de que isso é um problema bastante real e sério, já que isso se complementa às preocupações Russas a respeito do programa de armas nucleares da Ucrânia apoiado pelos EUA.
A grande agenda estratégica estadunidense na Ucrânia é tornar esse país irmão “anti-Rússia” no sentido de manter a liderança de seus representantes nacionalistas-fascistas sobre as burocracias militares, de inteligência e diplomáticas de Kiev (“deep-state”). A imposição gradual de sua ideologia russofóbica irá, por fim, tornar a maioria de sua população contra o país vizinho, o que por sua vez resultará em apoio ao belicismo das autoridades radicais, incentivado pelos EUA, conduzido pela sua ideologia desatualizada, desacreditada e ultra-odiosa.
Vendo como os EUA são protegidos das consequências do seu projeto de dividir para conquistar sobre a outra metade do mundo, os estadunidenses não seriam afetados desfavoravelmente se seus representantes fascistas do governo de Kiev lançassem ataques biológicos, químicos ou até mesmo nucleares contra a Rússia. O presidente Putin já revelou, em 24 de fevereiro durante seu discurso à nação, que “o confronto entre a Rússia e essas forças não pode ser evitado. É uma questão de tempo. Eles estão se preparando e esperando o momento certo”.
Ele ainda elaborou que a OTAN estabeleceu clandestinamente uma infraestrutura militar na Ucrânia para um ataque surpresa planejado contra a Rússia, que viria, presumidamente, após os EUA neutralizarem a capacidade de segundo ataque nuclear de seu alvo pelo desenvolvimento regional contínuo de “sistemas anti-mísseis” e armas. A Ucrânia estava, portanto, no intento de servir como uma plataforma “anti-Rússia” representante do Ocidente sob liderança dos EUA para dar um golpe de misericórdia no seu rival histórico em um futuro muito próximo, este que o presidente Putin antecipou prudentemente com sua intervenção decisiva.
Portanto, não é de se desacreditar que os EUA tenham de fato apoiado os supostos programas nuclear e de armas biológicas da Ucrânia com o intuito de reforçar suas capacidades militares-estratégicas como a entidade “anti-russa” que previam que esse país permanecesse indefinidamente. Equipadas com essas armas de destruição em massa (ADM) poderiam mudar completamente os grandes cálculos estratégicos do Kremlin por colocando-o perpetuamente na defensiva a fim de chantagear a grande potência eurasiana fazendo concessões unilaterais incessantes para, então, desmantelá-la por dentro.
Todas essas percepções sugerem que as alegações da Rússia sobre o programa de armas biológicas da Ucrânia com apoio estadunidense são credíveis, uma vez que se alinha com as intenções consistentemente hostis dos EUA, impulsionadas pelos seus interesses em destruir seu rival histórico através da Guerra Híbrida. Ajudar a Ucrânia em desenvolver essas ADM poderia ser, literalmente, a virada no jogo que, então, daria aos EUA uma vantagem indeterminada sobre a Rússia. Se Putin não tivesse ordenado a operação especial russa quando o fez, é muito provável que a Ucrânia teria obtido essas armas e as usado, com suporte dos EUA, para chantagear a Rússia à submissão.
Fonte: Oriental Review