Que a Google colabora regularmente com agências de espionagem como a CIA não é segredo para ninguém. O envolvimento da empresa em tentativas de derrubar governos dissidentes, no entanto, foi empurrado para debaixo dos panos, mas agora volta à tona com o Google Jigsaw, cujas operações psicológicas dessa vez miram o próprio povo estadunidense.
POR TYLER DURDEN
SÁBADO, 10 DE JULHO DE 2021 – 10:30 PM
Via PrivacyTo Go
Não é segredo nenhum que a Google colabora regularmente com agências de inteligência.
A empresa é uma conhecida subcontratante da NSA. Eles utilizaram uma rede de satélites espiões da CIA para lançar o Google Earth. É bem conhecido também que há uma “política de porta giratória” entre sua suíte executiva e a DARPA.
Na sequência do evento do Capitólio no dia 6 de janeiro, a FBI usou dados de localização do Google para pegar os envolvidos ‘com a boca na botija’.
Um lembrete gritante de que carregar um dispositivo rastreável com um login do Google, mesmo com o cartão SIM removido, pode fazer a diferença entre a liberdade e um macacão laranja na era do Grande Reset.
Mas a Google também opera sua própria agência de inteligência interna – com direito a operações de mudança de regime no exterior que estão agora sendo aplicadas a nível doméstico.
E eles vêm fazendo isso sem repercussão alguma há mais de uma década.
De Google Ideas para Google Mudança de Regime
Em 2010, o CEO da Google Eric Schmidt criou o Google Ideas Com a novilíngua típica do Silicon Valley, Ideas foi anunciado como um “think/do tank para pesquisar questões relacionadas à intersecção da tecnologia com a geopolítica.”
Leitores astutos já conhecem muito bem essa fórmula “think/do” – entidades como o Conselho de Relações Exteriores ou o Fórum Econômico Mundial elaboram documentos de orientações (“think”- pensar) e agências de três-letras levam tais orientações a cabo (“do”- fazer).
E novamente, em um estilo típico do Silicon Valley, a Google queria otimizar esse processo – trazer tudo pra casa e recriar o mundo à sua própria imagem.
Para chefiar o Google Ideas, Schmidt escolheu um homem chamado Jared Cohen
Ele não poderia ter escolhido um capanga melhor para o serviço – sendo um sócio do Conselho de Relações Estrangeiras e um acadêmico de Rhodes, Cohen é um globalista típico. O Departamento de Estado aprovou sem dúvidas as suas credenciais sórdidas, já que ambas Condoleeza Rice e Hillary Clinton alistaram Cohen para derrubar governos estrangeiros que elas desaprovavam.
O papel do Google ideas na operação de mudança de regime da Ucrânia em 2014 está bem documentado. E antes disso, o papel deles em derrubar o Mubarak no Egito foi revelado graças aos vazamentos de Stratfor.
Mais recentemente, o papel do Google Ideas na tentativa de derrubar o Assad na Síria tornou-se público graças aos já bem conhecidos vazamentos de email da Hillary Clinton:
Por favor mantenham a calma, mas minha equipe está planejando lançar uma ferramenta neste domingo que vai publicamente rastrear e mapear as deserções na Síria e de quais partes do governo elas estão vindo.
A lógica por trás disso é que enquanto há muitas pessoas rastreando as atrocidades, ninguém está representando visualmente e mapeando as deserções, algo que nós cremos ser importante para encorajar mais pessoas a desertarem e dar confiança à oposição.
Tendo em conta o quão difícil é conseguir levar informação para dentro da Síria agora, nós estamos fazendo parceria com a Al-Jazeera que assumirá propriedade primária sobre a ferramenta que nós criamos, rastrear os dados, verificá-los, e transmití-los de volta para a Síria. Eu anexei algumas imagens que mostram como a ferramenta irá parecer. Por favor, mantenham isso bem guardado e deixem-me saber se houver qualquer outra coisa que vocês acham que nós deveríamos levar em consideração ou pensar antes de lançarmos o produto. Nós acreditamos que isso pode ter um impacto bem importante.
– Jared Cohen para Oficiais do Departamento de Estado, 25 de julho de 2012
Diante de tantas evidências, certamente o Google Ideas foi encerrado. Certamente, Jared Cohen foi rapidamente destituído de sua posição em uma das principais queridinhas da Big Tech ianque por crimes contra a humanidade, certo?
É claro que não!
Pra que descartar todo esse trabalho árduo quando você pode simplesmente renomeá-lo e alterar suas operações de mudança de regimes para dessa vez focar em alvos domésticos?
Google Jigsaw – Versão: Psyop Estadunidense
O Google Ideas foi rebatizado Google Jigsaw em 2015 após anos de má fama na imprensa e controvérsias – dessa vez com os olhos focados em realizar operações psicológicas nos Estados Unidos.
Mas toda essa experiência de extrair dados e derrubar países do Oriente Médio não foi simplesmente descartada. Longe disso. O Jigsaw readaptou seu programa de operações psicológicas internas (intitulado Operação Abdullah) para em vez disso alvejar “teoristas da conspiração de extrema-direita,” como revelado pelo pesquisador de privacidade Rob Braxman.
Usando uma técnica conhecida como ‘método de redirecionamento’, o Jigsaw tenta popular links externos para dissuadir potenciais crime-pensadores de verem maupensar.
Não se engane – o método de redirecionamento é mais do que mera manipulação de resultados do motor de busca. Uma coisa é manipular o conteúdo de pesquisas com base em sequências de caracteres digitados, mas para ter como alvo a própria psicologia do buscador torna-se necessário ter em mãos um perfil psicológico preciso da pessoa fazendo a pesquisa.
E a Google tem perfis psicológicos de sobra graças a logins do Google centralizados: De celulares Android, contas no Gmail, serviços adjuntos como o Youtube, até mesmo de crianças por meio do Google Classroom.
Você não precisa nem usar o mecanismo de busca da Google para enchê-los de informações cruciais. De fato, o sistema de buscas por si só proporciona bem menos caminhos para um uso ofensivo de meta dados do que é proporcionado por um telefone celular.
Nós imploramos aos leitores que dêem uma olhada no site do Jigsaw. É um estudo de como usar design de front-end para assustar quem visita o site, já que um pequeno código de javascript garante que seu cursor seja rastreado por um holofote durante a sua visita.
A equipe de front-end design do Jigsaw tem uma mensagem clara para você: Não há onde se esconder.
O site usa também uma outra pequena técnica clássica dos serviços de inteligência conhecida como “transferência” – é uma tática psicológica simples de tirar a culpa de si mesmo e passá-la para o seu alvo.
Os quatro subtítulos na página inicial do Jigsaw, Desinformação, Censura, Toxicidade, e Extremismo Violento demonstram essa tática sendo posta em prática.
- Não há maior fonte de desinformação que a MSM e a informação fornecida pelos mecanismos de busca da Google.
- As empresas da Big Tech, como a Google, estão na vanguarda do ataque à liberdade de expressão por meio de políticas severas de censura.
- As táticas de manipulação psicológica usadas pelo pessoal politicamente correto (i.e.: alinhados ao pensamento único) sem dúvida alguma instilam toxicidade naqueles que se sujeitam a eles.
- E a história muito bem documentada das participações da Google em operações sanguinárias de mudança de regime como a descrtia neste artigo são exemplos típicos de extremismo violento.
Mas ainda assim o Jigsaw apresenta a si mesmo como uma ferramenta para combater tais aflições sociais. É claro, nada poderia estar mais longe da realidade, assim como o slogan anterior da empresa de “Não Seja Mau” era uma inversão semelhante da realidade.
E sim, o entusiasta de revoluções coloridas Jared Cohen ainda é o CEO da Google Jigsaw. De fato, a Jigsaw, LLC foi abertamente trazida de volta a nível doméstico em outubro de 2020;
Em suma
Como nós já descrevemos em artigos anteriores, vastas porções do Panopticon que antigamente eram controladas pelo Estado estão atualmente sendo terceirizadas para empresas da Big Tech.
Chame esse fenômeno de parceria público-privada. Chame-o de Grande Reset. Chame-o de Agenda 2030, ou Agenda 21, ou “capitalismo sustentável”, ou qualquer um dos outros eufemismos imaginados por esses infelizes oligarcas para vender tecnologia feudal para o público.
Fazer os serviços de inteligência se tornarem semi-independentes do Estado é simplesmente um pré-requisito mandatório para globalizá-los totalmente.
Além do mais, com a administração Biden buscando reclassificar metade do país como extremistas domésticos, não é segredo algum que empresas como a Google, com seus vastos programas de armamentização de dados, desempenharão um papel chave em identificar o Inimigo Público Nº 1:
Você.
Não existe nenhuma solução mágica para esse problema. Quase todos os eletrônicos de consumo podem ser abusados a níveis bem profundos. A própria internet é uma operação de inteligência militar de longa data.
Mas isso não significa que qualquer ação além de se tornar um Ludista seja inócua!
Se os dados são o novo petróleo, é hora de fechar o seu poço:
- Evite usar o Google Mail, Docs, ou Search sempre que possível.
- Busque redes sociais e plataformas de criação de conteúdo alternativas.
- Se seu celular depende pesadamente da Apple ou da Google para logins ou aplicativos de código-fechado, considere buscar alternativas que respeitem a privacidade do usuário.
- Se familiarize com táticas comuns de coleta de dados e tome medidas sempre que você puder.
Enquanto uma lista completa de possíveis ações significativas estaria além da competência deste post (ou de qualquer entrada singular em um blog, melhor dizendo), a lição importante é a seguinte:
Nós não podemos esquivar da vigilância governamental em massa. Mas nós consentimos à maioria das formas “privatizadas” de coleta de informações.
Dê o primeiro passo e renuncie o seu consentimento.