Tehran (TT) – O judiciário do Irã adicionou novos nomes à lista de indivíduos no assassinato de janeiro, Amir-Abdollahian disse no domingo, de acordo com Tasnim. Ele disse que o judiciário intensificou os esforços para processar os indivíduos que ordenaram e executaram o ato criminoso.
Amir-Abdollahian acrescentou que seis países receberam garantias do judiciário do Irã até agora para a prisão dos culpados. Ele também afirmou que uma dura vingança pelo assassinato do General Soleimani foi colocada na agenda da República Islâmica do Irã.
No mês passado, o judiciário do Irã anunciou que foi formado um comitê para procurar e rastrear aqueles acusados como cúmplices no assassinato.
“Com a ordem do chefe do judiciário, um comitê ficou encarregado de juntar evidências, e uma junta judicial, liderada pelo promotor e por mim, como o procurador adjunto e investigador encarregado do caso, deu início à investigação e seu procedimento”, o procurador adjunto General Seyyed Ashrafi afirmou na época.
Em junho, Tehran afirmou que 36 indivíduos foram identificados como tendo ligação com o assassinato de Soleimani:
36 indivíduos que cooperaram, colaboraram e participaram do assassinato de Hajj Qassem, incluindo autoridades políticas e militares dos EUA e de outros países, foram identificados”, o promotor de Tehran General Ali Alqasi-Mehr alegou.
Alqasi-Mehr nomeou Trump como a peça-chave no topo da lista, dizendo que a sua busca continuará mesmo após o seu mandato como presidente dos Estados Unidos.
Em novembro, o Judiciário do Irã afirmou que foi formado um comitê para localizar aqueles que estavam por trás do assassinato cometido pelos EUA do principal comandante antiterror do Irã, Lieutenant General Qassem Soleimani.
Com a ordem do chefe do judiciário, um comitê ficou encarregado de juntar evidências, e uma junta judicial, liderada pelo promotor e por mim, como o procurador adjunto e investigador encarregado do caso, deu início à investigação e seu procedimento”, o procurador adjunto General Seyyed Ashrafi afirmou, IRNA reportou na sexta-feira.
Seyyed Ashrafi disse que o Irã forneceu à Interpol os nomes de 45 cidadãos americanos envolvidos no assassinato, mas infelizmente a Interpol se recusou a emitir um mandado internacional de prisão para eles devido à atual situação política.
Ele disse que alguns dos acusados de estarem envolvidos no assassinato em janeiro visitam regularmente países vizinhos, acrescentando que o Irã também providenciou representação judicial para seis dos países nos quais as bases estadunidenses estavam estabelecidas.
“Nós fomos recentemente informados que o governo iraquiano preparou uma resposta à essa representação, e a está submetendo através de canais diplomáticos”, Seyyed Ashrafi afirmou.
Ele acrescentou que o Irã também está preparando uma representação judicial endereçada ao sistema judicial estadunidense para testá-los e ver se eles iriam processar os culpados pelas acusações levantadas contra eles.
No dia 3 de janeiro, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump ordenou ataques de drones que martirizaram o General Soleimani, chefe da IRGC Quds Force, e Abu Mahdi al-Muhandis, o subcomandante do Iraq’s Popular Mobilization Units (PMU).
Nas primeiras horas de 8 de janeiro, o IRGC atacou a base aérea Ain al-Assad no oeste do Iraque, onde forças estadunidenses estavam situadas, como parte da prometida “dura vingança” para o ataque terrorista estadunidense.
Em setembro, o chefe principal do IRGC General Hossein Salami disse que os americanos deveriam saber que o Irã vai perseguir qualquer um que teve um papel no assassinato covarde do General Soleimani. “Esta é uma mensagem séria”, Salami alertou.
“Essas ameaças são sérias e não vamos nos engajar numa guerra de palavras”, Salami afirmou, acrescentando, “Em vez disso, vamos deixar tudo para o campo da ação”.
O porta-voz do ministério estrangeiro Saeed Khatibzadeh também disse que o Irã não poupará esforços para levar os culpados à justiça.
O Irã, enquanto adere completamente às provisões aplicáveis da lei internacional, não poupará nenhum esforço legal e legítimo para levar os perpetradores e cúmplices do mártir General Soleimani à justiça, a fim de que sofram punimento legal pelas suas ações “, Khatibzadeh disse em 10 de novembro.
Ele afirmou, baseado na posição do Irã, que Trump não pode desfrutar de impunidade presidencial após seu mandato e que ele deve ser levado à justiça pelo seu crime.
“Eu repito que não acreditamos que os perpetradores desse crime, especialmente Trump como o principal perpetrador, possam ser isentos de acusação legal, de forma que esteja alinhado com a lei internacional, refugiando-se atrás do muro da imunidade”, ele acrescentou.
Texto traduzido do https://geopoliticsalert.com/soleimani-assassination-1220, originalmente publicado no Tehran Times em 27 de dezembro de 2020.