Os 10 IMPÉRIOS mais Importantes da História

Atendendo aos pedidos dos nossos leitores que gostam de listas, segue mais uma lista organizada pelo historiador André Luiz dos Reis

A ideia de Império é fundamental para se pensar O Estado em um sentido tradicional. Alguns impérios históricos conseguiram manifestar de maneira quase plena a essência espiritual da política. Eis uma lista dos mais importantes impérios da história. 

10 – Império do Japão

Unificado em torno de uma família que descendia de deuses, o Império do Japão construiu uma civilização que se manteve viva por dois milênios de tribulações, e chegou a sonhar em conquistar a China.

9 – Império Carolíngio

Fundado na mística da Batalha de Poitiers, e sedimentando a dominância do germanismo sobre o romanismo na Europa, o Império Franco dos séculos VIII e IX pode ser considerado o evento de fundação da Cristandade Latina, e, portanto, da civilização medieval, organização sócio-cultural que possuía um eixo distinto das civilizações mediterrâneas das quais alegava ser herdeira.

8 – Império Persa Aquemênida

De um reino subordinado a um dos mais influentes Impérios da Antiguidade, as consequências da emergência do poder persa foram terríficas em praticamente todas as áreas, inclusive as religiosas: os persas representaram um movimento de redefinição do Judaísmo que traria elementos vitais ao próprio Cristianismo.

7 – Império Inca

Possivelmente o mais extenso Império do mundo no início do século XVI, os incas unificaram em torno de uma religião solar as tribos andinas da América do Sul, antes que a invasão cristã e espanhola mergulhassem a região na barbárie. Os Incas, ”Filhos do Sol”, foram a síntese político-institucional de milênios de civilização ameríndia, e seu impacto se estende, de formas ainda não totalmente conhecidas, por toda a América do Sul.

6 – Império Mongol

Nos séculos XIII e XIV, o Império fundado por Genghis Khan e continuado por grandes conquistadores como Tarmelão se tornou a maior extensão continental já conhecida. Um ”Império” de base tribal, com uma elite permeada da tradição primitiva do xamanismo, e cujo impacto na história se estende da Europa cristã, passando pelo Cáucaso, pelos maiores centros da civilização islâmica, e alcança as planícies da Ásia Central e a China. É o maior símbolo da superioridade bélica dos cavaleiros das estepes asiáticas, que só foi rompida com a ascensão da pólvora e do canhão.

5 – Império Russo

A Rússia nasce já sob a sombra da ideologia imperial romano-oriental sustentada na ”internacional hesicasta” do século XIII, ou seja, na articulação de monges de Constantinopla e do Monte Athos que viam nos eslavos o futuro da Ortodoxia — e mais tarde redimensionada em forme euroasiática a partir das relações com a Horda Dourada. Encarnação do Império Ortodoxo, os russos sobreviveram aos suecos, aos mongóis, e emergiram nos séculos XVI e XVII como civilização singular e fundamental.

4 – Califado Abássida

Considerado por muitos a Era de Ouro do Islã, cuja riqueza não pode ser desvinculada da influência persa, e, por meio dela, da influência ”bizantina”. Em muitos sentidos, os abássidas foram também herdeiros do Império Romano do Oriente. De todo modo, foi um dos mais extensos e importantes unidades imperiais da história conhecida até ser fraturada definitivamente pelos mongóis, no século XIII.

3 – Império Romano

A síntese dos poderes mediterrâneos que se digladiaram durante dois ou três milênios na Antiguidade até atingirem sua forma mais perfeita na Cidade Eterna. O Império Romano resistiu até mesmo à queda de Roma, tendo continuidade nas regiões da antiga civilização helenista sob a forma do ”Império Bizantino”.

2 – Império Chinês

Unificado por Qin Shi Huang em uma nova forma a partir do século III a.C., estava fundamentado no poder supremo do Filho do Céu. Consolidou uma elite intelectual e burocrática que se tornou um dos pilares da condução administrativa do Estado. A influência da civilização chinesa se fez sentir em toda a Ásia.

1 – Império Egípcio

O Estado unificado egípcio foi a encarnação mais óbvia do Império arquetípico em sua dimensão simbólica, mítica e organizacional. O Rei é ponte entre as realidades, dono do cosmos, e faz nascer o sol todos os dias — o nascimento do Sol é fruto também de uma batalha, um ressurgimento após seu mergulho em Daat, o mundo dos mortos. Abaixo, nas fímbrias e fora do Egito existe o caos que ameaça engolir a ordem cósmica.

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André Luiz dos Reis

 

 

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