Nas abastadas sociedades burguesas modernas não é incomum passar a vida inteira sem precisar fazer qualquer tipo de esforço físico ou sem precisar confrontar qualquer tipo de oposição física aos próprios interesses e crenças. Por trás da fachada civilizada, porém, se esconde sempre a possibilidade da violência repentina, ou mesmo a sua necessidade. Tendo isso em consideração, todo soldado político deve estar sempre preparado para empregar a violência para defender a si mesmo, para defender os seus e para derrotar seus inimigos políticos. A força e a perícia física devem ser desenvolvidas na mesma medida que o intelecto.
Sempre esteja preparado e disposto a trocar não apenas ideias, mas também socos. Em qualquer lugar, a qualquer hora.
Defenda seus ideais de todas as maneiras, mesmo que seja necessário arrancar os dentes de alguém. Ideias fortes precisam de punhos firmes. Escale, acampe, explore a natureza, levante pesos, mas nunca se esqueça do essencial: trocar socos é fundamental, seja na academia de luta, entre amigos, em partidas de futebol, em manifestações políticas… onde quer que seja.
É necessário aprender a socar, e também a ser socado. Sentir o gosto do próprio sangue, o estalar de ossos se chocando, o fogo correndo nas veias.
Há algo de belo, de poético, de épico na violência.
Trocar socos é algo pelo que todo homem deveria passar, mas é extremamente mal visto pela nossa sociedade burguesa. Se dois homens são vistos trocando socos, sem covardia ou artimanha, ainda assim isso é considerado manifestação de “masculinidade tóxica”. Em nossa sociedade ginecocrática a violência direta, aberta e honesta tem que ser substituída por violência indireta, passivo-agressiva. O burguês chama isso de “civilização” e a violência, mesmo que regrada, de “barbárie”.
Tenhamos uma mente sã e um corpo insano. Onde está a honra em passar os dias sentado “lendo” e “filosofando”, sem colocar tudo isso em prática, sem disposição para defender as nossas ideias fisicamente contra seus adversários? Se você não está disposto a defender suas ideias com os punhos, será que essas ideias valem tanto assim? Ou será que é em você que falta o valor?
Se a mente deve ser afiada o mesmo se aplica aos punhos. É um traço tipicamente moderno se fechar na subjetividade e na abstração, vivendo uma vida passiva, separando ideia e ação.
Troquemos, igualmente, ideias e socos. Sintamos o gosto do café que acompanha um bom livro e o sabor ferroso do sangue após uma pugna justa.
O cidadão ideal é o tipo do filósofo-guerreiro.
Sejamos intelectuais e violentos.