A Igreja Universal do Reino de Deus, conhecida por muitos cristãos como “Sinagoga de Satanás”, há muito não pode mais ser considerada como uma mera instituição religiosa – se é que algum dia já o foi verdadeiramente. Trata-se claramente de uma seita perigosa que possui claros objetivos de hegemonia religiosa, política, econômica e midiática em nosso país (e no mundo).
Para isso, ela vem ao longo das últimas duas décadas construído uma rede de influências para ocupar posições centrais nos meios político, econômico e midiático do Brasil: canais de TV, empresas de todo tipo e, finalmente, políticos eleitos para alguns dos cargos mais importantes da burocracia estatal brasileira levam consigo a marca de agentes dos interesses desta organização.
Guiada pelo neopentecostalismo (praticamente, o equivalente cristão do wahhabismo islâmico), a IURD possui até mesmo ramificações e influência dentro de presídios e entre organizações criminosas, sob a justificativa de fazer um trabalho de “conversão” e “regeneração”.
Essa seita – e sua interpretação bastarda do cristianismo – são a orientação religiosa que mais cresce no Brasil: o que tem gerado consequências graves. Quase todos os casos brasileiros de perseguição e intolerância dirigida contra religiosidades verdadeiramente tradicionais (como o catolicismo e o candomblé) envolvem a participação da IURD ou de seitas que possuem as mesmas inspirações e/ou origens neopentecostais.
Está aí também uma das principais forças por trás do apoio e adesão ao sionismo e ao atlantismo no Brasil. Milhões de cidadãos, com mentalidade e comportamento de gado, correm para defender e apoiar as piores barbáries cometidas pelo Estado de Israel, porque foram enganados por pastores que inventaram conexões entre tal Estado e uma série de passagens bíblicas de teor “profético”.
De resto, abundam absurdos e suspeitas em tudo que essa seita se envolve. O dinheiro dos dízimos dos fieis vai parar, em boa parte, em contas situadas paraísos fiscais – tudo embasado em sua “teologia da prosperidade”, que não passa de um disfarce teológico porcamente construído para justificar a extorsão da suada renda de seus seguidores, em sua maioria, pessoas das classes mais baixas. Mais recentemente, a propósito, surgiram fortes evidências de um esquema de adoção ilegal de crianças em Portugal, promovido pela IURD.
Por esses outros motivos, vários países já baniram a seita IURD.
O Estado deve assumir uma postura ativa perante o fenômeno religioso. Ele não deve mais ser relegado a uma mera idiossincrasia pessoal, protegida por liberdades ilimitadas. Não. A religião não é um fenômeno individual, mas um fenômeno social e, portanto, fundamentalmente um fenômeno público, cabendo ao Estado tutelar de modo a proteger as que são tradicionais e compatíveis com o espírito nacional, ou repelir as que são perigosas, nocivas ou inimigas do espírito nacional.
Eventos recentes no Oriente Médio têm demonstrado com clareza que a omissão do Estado pavimenta o caminho para o florescimento de todos os tipos de organizações terroristas de inspiração religiosa. Países sensatos, como a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte, mantém vigilância sobre as atividades religiosas, bem como banem as seitas cujas atividades são consideradas nocivas aos interesses nacionais, e ofensivas à moralidade pública.
O Brasil deve se posicionar de forma semelhante. A neopentecostalização do Brasil deve ser detida. E o primeiro passo deve ser o banimento da Igreja Universal do Reino de Deus.