Na pós-modernidade se polemiza o que é razoável e se busca super-intelectualizar questões e pautas cuja resolução já é datada. Isso é especialmente verdadeiro no que concerne à questão da “punição” e do “castigo”. Basta levantar este tema para que apareçam milhões de narrativas sociológicas, antropológicas e psicológicas tentando “desconstruir” a correlação – bastante básica e natural – entre “crime” e “castigo”.
A questão das elucubrações, especulações e conjecturas teóricas e abstratas em cima da “pena” empalidece diante da necessidade social fundamental da imposição de uma pena correspondente a cada violação da norma.
Ainda que a pena não tivesse poder de dissuasão (e ela tem), ainda assim, a voz do povo seguiria clamando pela imposição de penas – correspondentes em dureza ao crime – aos criminosos. E isso por um senso básico e inato de justiça. E o Estado deve ouvir essa voz para garantir a paz social e a preservação da ordem.
Não é espantoso, portanto, que uma intelectualidade burguesa desenraizada, clivada da realidade, erga infinitas especulações abstratas contra a possibilidade de aplicação da castração química a estupradores.
O caráter grotesco do estupro é inegável e, claramente, a mera privação da liberdade é incapaz de dissuadir estupradores da possibilidade de cometer novos estupros. Claramente, estamos lidando aqui com um tipo de crime que vai além do mero voluntarismo ocasional.
Nesse sentido, a castração química aparece como possibilidade razoável, moderada e humanitária para lidar com os crimes sexuais. Tudo que importa é se essa medida é ou não é capaz de reduzir a reincidência. E é aí que a intelectualidade burguesa cai em infinitas especulações abstratas sobre estupros com cabos de vassoura: o problema é que, felizmente, a castração química não é uma invenção recente, já havendo vários países que a aplicam. E onde ela é aplicada, o recidivismo cai de 50% para 3%. Simples assim. As especulações e teorizações infinitas sobre estupros com objetos fálicos, dependendo da SUPOSIÇÃO de que o estupro ocorre, universalmente, por uma questão de dominação, e não por uma questão de libido, são simplesmente inúteis.
A libido é determinante no fenômeno criminal do estupro, sim. E as estatísticas demonstram a sua centralidade. Naturalmente, a castração química deve se somar a outras medidas punitivas, e não substituir a prisão.
A insanidade anti-punitiva revela, assim, novamente, sua face anti-humana no rechaço pela possibilidade de castração de estupradores.
A castração de estupradores é uma medida justa, razoável, sensata, eficiente e humanista.