Não negamos o quão afundado na corrupção está o establishment político brasileiro. Ao contrário, afirmamos e reafirmamos, inclusive, que não se trata de um problema partidário, mas de um problema sistêmico, estrutural, que precede mesmo a existência dos partidos brasileiros. Nesse sentido, não negamos a necessidade de um combate radical à corrupção.
Não obstante, nem tudo é o que parece e a atualcruzada anticorrupção não tem apenas em mente o interesse da probidade e moralidade públicas. Existe, efetivamente, um viés sabotador na Lava-Jato e a utilização da Lava-Jato como instrumento de desintegração econômica nacional.
O caso que demonstra isso de forma paradigmática e definitiva é o do nosso augusto Almirante Othon, o pai do Programa Nuclear Brasileiro, uma figura genial, ilibada e que sempre teve em mente tão somente os interesses de seu país.
Dois fatos se sobressaem. O Almirante Othon foi preso preventivamente e condenado em 1ª instância com base no “disse-me-disse” do sistema das delações premiadas, sem a existência de qualquer tipo de prova material contra ele. Ademais, ele foi condenado a 43 anos de reclusão!
Uma das principais mentes científicas e estratégicas do Brasil recebeu uma condenação maior que a de qualquer outro réu da Lava-Jato, maior do que a que um homicida receberia. E isso sem provas materiais ou mesmo os menores indícios de corrupção, tão somente pela citação de seu nome.
Se compararmos isso com as penas de outros condenados ou com a facilidade com a qual políticos do PSDB e do PMDB se esquivam de processos e condenações vemos claramente a presença de um projeto antinacional “infiltrado” dentro da luta contra a corrupção.
Segundo o próprio Almirante Othon a sua prisão e condenação era algo que interessava ao sistema internacional e ao que ele chama brasileiros “transnacionais”, ou seja, brasileiros que gostariam de ser cidadãos de outros países, como os EUA e que, por isso, não se importam com os problemas e desafios nacionais, não tem interesse em resolvê-los e usualmente até os agravam em proveito próprio.
A importância do Almirante Othon para o Brasil é imensa. Foi ele o coordenador de todas as equipes e projetos envolvidas ao longo das últimas 4 décadas no programa nuclear brasileiro. Graças a seu trabalho hoje o Brasil tem todo o conhecimento tecnológico nuclear de ponta, ausente apenas a vontade política de levar esse conhecimento às últimas consequências.
No final de 2017, com um habeas corpus, ele conseguiu se livrar da prisão preventiva e aguardar o julgamento de seu recurso. Não obstante, ele já foi condenado a 43 anos, essa condenação pode ser tranquilamente confirmada e aí muito provavelmente o Almirante Othon será preso novamente.
Liberdade para o Almirante Othon!
Desenvolver o Brasil não é crime!