No Brasil não há coincidências. Não seria a primeira vez que um serviço público é sabotado para justificar aos olhos da população um projeto de privatização. Talvez isso nunca possa ser provado, mas já há fortes indícios de que este é o caso do recente apagão que afetou quase metade do país.
Em meio a acalorados debates sobre a privatização da Eletrobrás, com a Junta Temer e seus asseclas recrudescendo as posições privatistas, com uma postura fanática e ideológica, apesar do lado oposto já ter largamente demonstrado as desvantagens dessa privatização, o apagão serviu para fortalecer as posições privatistas.
Os primeiros relatos já apontam para o fato de que o apagão foi causado por uma suposta “falha” em uma linha da usina de Belo Monte operada pela estatal chinesa “State Grid”. Essa estatal estrangeira que já possui 23% da empresa brasileira é a maior interessada na privatização do resto da Eletrobrás. E não só, segundo informações ministeriais os chineses não querem dividir controle da empresa. Eles a querem TODA.
Nesse sentido, a conveniência do apagão é enorme. A Eletrobrás é uma das estatais mais importantes e estratégicas do Brasil. Sendo a maior da América Latina e a décima maior do mundo, ela está sob cerco dos piratas e parasitas que ainda não se cansaram de fatiar o país em prol do lucro.
Quem já acha que as contas de energia elétrica são caras hoje pode aguardar grandes aumentos com a privatização da Eletrobrás, tal como com as privatizações de todos os outros serviços públicos. Já está na hora de aprender que privatizações, cortes de impostos e “competição” não reduzem preços.
Precisamos defender as estatais estratégicas de nosso país.
Se privatizações, cortes de impostos e competição não reduzem preços, como eles são reduzidos?