«É hora das mulheres compartilharem uma causa pública»
(Evita Perón)
Hoje, 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. E nessa ocasião, rememoremos o percurso nacional-revolucionário de mulheres como Evita Perón, Aisha Gaddafi, Leila Khaled, Ahed Tamimi, Ulrike Meinhof, Gudrun Ensslin, Sana’a Mehaidli, bem como das inúmeras mulheres que figuram ou figuraram as fileiras de organizações patrióticas e populares como o EZLN e o IRA. Lembremos também do conjunto das mulheres sírias que têm dedicado suas vidas à luta pela Pátria, contra o terrorismo wahhabi-sionista e contra o imperialismo, seja empunhando armas, seja lutando para proteger suas famílias do flagelo inimigo.
Lembremos de todas aquelas que entregaram suas vidas ao serviço do Povo e da Pátria.
Mas ainda assim, diante do cenário geral do mundo, será que temos realmente o que comemorar? As mais recentes “conquistas femininas” nos indicam que não.
As mulheres estão perdendo espaços de atuação fundamentais na sociedade moderna, e isso é muito simples de se constatar, bastando apenas que observemos as novas “tipologias” do “feminino”: estou falando da tendência atual de homens com disforia de gênero, munidos de sérios problemas psicológicos e emocionais, tentando usurpar para si papéis que são intrínsecos às mulheres, a ponto de, recentemente, nos chegarem notícias nefastas acerca de “homens trans” amamentando e, como se não bastasse, pessoas com condições similares competindo em categorias femininas (como o boxe). Assim, é importante deixar claro que essas novas facetas do “feminino”, na verdade, não dizem respeito às mulheres. Tratam-se de simulacros mutilados e entorpecidos por uma vasta quantidade de hormônios artificiais. E nada mais.
Além disso, infelizmente, as mulheres nunca foram tão descartáveis e desvalorizadas como na sociedade pós-moderna. Não bastassem os açougues das maternidades, a dificuldade de mulheres que são mães em acessarem o mercado de trabalho (já que, no capitalismo, é um grande “erro de processo” que uma mulher ouse ter um filho), ainda há o gigantesco agravante do liberalismo hegemônico (que tudo corrói por onde passa) estar deliberadamente tentando destruir a mulher − servindo-se principalmente da grande mídia nesse processo de descaracterização e de deturpação dos papéis femininos. Basta olhar para a representação do feminino que é exibida na programação televisiva cotidiana, naturalizando o hediondo, o imoral (algo que é expresso principalmente nas novelas). Soma-se a isso os movimentos feministas igualitários-liberais, sempre agindo contra as mulheres, seja violando o ideal da feminilidade, seja persuadindo-as à negarem a maternidade, seja incentivando o aborto, seja fomentando um certo desprezo pelo matrimônio e pela formação de uma família tradicional (contrariando os próprios anseios da maioria das mulheres trabalhadoras).
Portanto, que o Dia Internacional da Mulher seja uma reflexão profunda para todas as mulheres, e que essa reflexão gere uma insatisfação que possa ser transmutada em luta, em ação, pois precisamos mais do que nunca de mulheres ávidas por mudanças. Necessitamos de uma revolução feminina identitária para que engendrarmos um verdadeiro resgate da mulher e de seus atributos instintivos: feminina, mãe, e principalmente, uma mulher consciente de seu verdadeiro papel na sociedade, que não se deixa influenciar pelas ideologias atuais do mundo moderno, que desfiguram e destroem a verdadeira essência feminina.
Que a nossa feminilidade seja a nossa arma de combate!
Ótimo texto!