O que se pode dizer em relação a um candidato cuja principal preocupação é adquirir apoio de políticos e empresários americanos, além de “tranquilizar” e “conquistar a confiança” de investidores?
Claramente ele não pode ser considerado um nacionalista ou patriota.
Desde que começamos nossos trabalhos, temos nos esforçado para desmistificar a figura de Jair Bolsonaro, no sentido de demonstrar que, apesar de sua retórica, ele é uma figura tão anti-nacional quanto os políticos aos quais ele se opõe (ou diz se opor).
O povo brasileiro, vitimado por uma crise grave e afundando de volta e na direção da pobreza, age como náufrago desesperado e tenta se agarrar a qualquer figura que pareça mais ou menos “diferente” das outras figuras políticas.
Essa maneira imbecil de agir é em alguma medida compreensível, mas não podemos permitir que a mente do brasileiro seja nublada pelo desespero.
Jair Bolsonaro não é “diferente”. Ele tem feito parte do jogo político brasileiro há décadas, sem ter nada a oferecer de valor para mostrar que fez bom uso de seu cargo. Pior que isso, ele defende todas as medidas e posições que garantidamente manterão o Brasil na pobreza e na dependência em relação a forças estrangeiras.
A essa altura do campeonato, apenas os mais idiotas seguirão acreditando nessa figura.