Temer, Neves, Cunha, Sarney, se fôssemos listar aqui os corruptos brasileiros ficaríamos o dia inteiro e o texto seria maior que a Bíblia.
Apesar de a corrupção não ser um dos principais problemas do Estado e da sociedade brasileiros e de haver todo um superdimensionamento midiático da corrupção no sentido de reduzir a confiança no Estado, ela, ainda assim, é um problema grave que deve ser confrontado de frente.
O Brasil é um ninho de corruptos. Esses corruptos tem como seu principal motivador o enriquecimento e, por isso, eles traem os seus deveres perante o Estado e a sociedade, se colocando a serviço de interesses privados.
Isso acontece em todo Estado burguês. O que muda é o grau de profundidade da corrupção e de ilegalidade necessária para subjugar o público ao privado. No Brasil, a corrupção é o instrumento que permite o enriquecimento exagerado da elite política e da elite financeira e empresarial, que parasita o Estado, rodeando-o como abutres.
Se deve haver rigor na punição dos pequenos criminosos, daqueles que furtam, roubam e matam, o rigor deve ser dez vezes maior contra aqueles que ocupam uma posição de mando e influência.
Maiores poderes e prerrogativas devem sempre implicar maiores responsabilidades.
Mas em um Estado burguês e capitalista, como o nosso, o que ocorre é o oposto. Os criminosos da elite, por mais vis que sejam, sempre recebem um tratamento mais suave do que os criminosos das massas.
O que afirmamos é o oposto. Não só pelo fato de que a corrupção, como forma de enfraquecimento do Estado, implica necessariamente na redução de investimentos e, portanto, leva inevitavelmente a menos hospitais e hospitais piores, menos escolas e escolas piores, menos saneamento, exército mais fraco, etc. O mero fato de alguém fazer parte de uma camada social mais elevada, tal como implica uma série de privilégios, deve sempre implicar um rigor punitivo maior sempre que algum membro desta camada viola a confiança depositada nele pelo povo.
E o maior exemplo disso é o político corrupto. Levado ao poder para defender os interesses e prerrogativas dos seus, a sua traição contra o Estado e o Povo deve ser punida com a pena máxima.
Se a nossa Constituição atual impede isso, então ela deve ser rasgada e substituída por outra. Não só por esse como por mil outros motivos.
Sigamos o exemplo da China, da Coreia Popular e de outros países que sabem como se deve lidar com a corrupção.