Nos anos 60 e 70, conforme avançavam as investidas capitalistas dentro dos próprios EUA, surgiram organizações para defender os interesses de grupos étnicos/raciais em face de uma miríade de opressões que geravam desemprego, falência de pequenas empresas, desalojamento familiar e, consequências naturais, brutalidade policial, repressão, discriminação, etc.
Os Panteras Negras, defensores da identidade, dos interesses e dos direitos do negros, são mundialmente famosos. Menos famosa é a organização chamada Jovens Patriotas, formada por jovens brancos de origens proletárias, inspirados por e aliados dos Panteras Negras, para defender a identidade, os interesses e os direitos dos brancos pobres.
Tendo como símbolo a bandeira confederada, os Jovens Patriotas fecharam acordo com os Panteras Negras (e com a organização portorriquenha Jovens Senhores) para patrulhar ruas, fomentar a solidariedade, coibir violência policial, etc.
À época, sabia-se que a opressão capitalista não possui cor. Se hoje o núcleo capitalista dominante pode pertencer a uma raça, no dia seguinte, pode pertencer a outra, tal como na África do Sul, quando, após o apartheid, a ANC de Mandela implementou reformas capitalistas neoliberais muito mais radicais do que qualquer coisa já vista antes por lá.
Organizações como os Panteras Negras e os Jovens Patriotas sabiam que, onde há várias raças, é necessário que haja aliança e solidariedade entre os trabalhadores de todas as raças para combater a elite apátrida e parasitária. Hoje em dia, isso seria politicamente incorreto.
Organizações comprovadamente financiadas por George Soros insuflam o ódio entre as raças. A casta parasitária ri quando vê o caos que se tornaram as relações raciais nos EUA. É esse tipo de caos que legitima a construção de um Estado Policial, por exemplo. E é provavelmente nesse sentido que vai o interesse de gente como George Soros.
Aqui no Brasil, começam a surgir grupos que dizem defender os interesses dos negros brasileiros. Algo extremamente importante, fundamental, imprescindível. Nós somos aquilo que nossos ancestrais nos legaram e a consciência da própria identidade e das próprias origens é um passo fundamental para desenvolver senso de personalidade, de comunidade, de história, de destino.
Mas, infelizmente, a maioria desses movimentos, no Brasil, está muito aquém do que foram os Panteras Negras ou outros grupos negros antissistema. Não existe um Malcolm X ou um Louis Farrakhan no Brasil para apontar os dedos para a casta dos nômades parasitas como eles fizeram. Ao contrário, aqui, eles ainda acreditam em fomentar uma animosidade entre as raças, como se essa fosse a única maneira de afirmar o próprio orgulho.
Nós queremos incentivar algo diferente. Queremos conclamar a necessidade, no Brasil, de organizações que defendam a identidade, os interesses e os direitos de comunidades brancas pobres. E queremos conclamar a necessidade de que movimentos negros, indígenas, e quaisquer outros, direcionem a luta contra o inimigo comum: a elite governante e o sistema capitalista que a sustenta.