Após eleições presidenciais legítimas que reelegeram Aleksandr Lukashenko como presidente de Belarus com uma larga margem, manifestantes tomaram as ruas de Minsk, tentando reencenar os primeiros atos do Maidan ucraniano. As técnicas são as típicas das revoluções coloridas, golpes orquestrados por ONGs atlantistas contra governos não-alinhados.
As eleições em Belarus e os protestos subsequentes atraíram fortemente a comunidade internacional – e a situação é terrível.
A reação dos EUA não é surpreendente, dada a experiência do golpe ucraniano de 2014. Eles já estão empregando os esquemas tradicionais, apelando para uma repetição das eleições e ameaçando impor sanções. O financiamento para os protestos vem principalmente de fundos filiados aos serviços de inteligência dos países da OTAN, como observam os especialistas.
Entretanto, além dos Estados Unidos, muitos outros Estados se uniram para interferir nos assuntos internos de Belarus: vários países aliados dos americanos declararam que não reconhecem as eleições, lançando mais combustível no fogo. Muitos políticos europeus como o presidente francês Emmanuel Macron “expressaram preocupação” com a situação em Belarus, enquanto anteriormente não tinham quase nenhum interesse no país.
Polônia, Letônia e Lituânia já declararam que prepararam um plano para resolver a situação em Belarus e estão prontos para agir como “mediadores”.
As chamadas organizações de “direitos humanos” lançaram uma campanha publicitária nas redes sociais: por exemplo, a Anistia Internacional, com sede em Londres, está fazendo propaganda em russo das manifestações políticas no Facebook:
A fonte de informação mais popular é o recurso abertamente extremista NEXTA, que é supervisionado por polacos do exterior (incluindo Stepan Svetlov e Roman Protasiewicz – este último um antigo funcionário da Euroradio). Eles ajudaram a organizar os protestos, exigindo medidas abertamente anti-estatais no espírito da “Maidan” ucraniana:
Isto também faz parte do trabalho diário de várias ONGs e organizações externas como o CANVAS (Centro de Ações e Estratégias Não-Violentas Aplicadas) no espaço pós-soviético (e não apenas), especializado em organizar protestos e golpes.
A redação do Geopolitica.ru pede aos leitores que estejam mais atentos às fontes de informação e não cedam à propaganda vinda do exterior que nada tem a ver com os próprios bielorussos. O objetivo destas campanhas lideradas pelos EUA e países europeus é desestabilizar Belarus e causar uma divisão na sociedade, o objetivo a longo prazo é organizar uma disputa entre Minsk e Moscou e tentar implementar um “cenário ucraniano” em Belarus.
Há problemas em Belarus, mas nem os poloneses da NEXTA, nem a Anistia Internacional e agentes similares, especialistas em organizar “revoluções coloridas”, têm qualquer direito de intervir nos assuntos internos de outros governos.
A Geopolitica.ru está acompanhando os eventos e identificará todos os envolvidos na tentativa de aproveitar a situação e organizar uma “revolução clorida” pró-ocidental em Belarus.
Fonte: Geopolitica.ru
mas o cara está ha 26 anos no poder, não tinha um sucessor?