No dia 9 de maio, NR-RJ e Mobilização Islâmica promoveram o evento O Testamento de Imam Khomeini (K.S.): as bases do pensamento político islâmico para as futuras gerações, realizado no espaço do Centro Cultural Imam Hussein, ponto de oração e estudo da comunidade xiita do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o coordenador-geral da NR no Brasil, o advogado Raphael Machado, em sua comunicação, abordou o conceito de Revolução em uma acepção tradicionalista (conforme Julius Evola), delineando como a Revolução Iraniana de 79 pode ser lida como um dos poucos processos revolucionários verdadeiramente fieis a tal conceito.
Outro ponto de destaque em sua fala foi sobre como Khomeini, a partir de suas fontes filosóficas, foi capaz de superar a contradição entre Tradição e Técnica, e como essa superação foi — e continua sendo — importante para o triunfo e manutenção da Revolução.
Falou-se também sobre como a Revolução Islâmica do Irã seguiu prescrições teórico-filosóficas semelhantes às defendidas por Aleksandr Dugin através do projeto de uma Quarta Teoria Política, no sentido de que esta combateu o Liberalismo, mas rejeitou igualmente a via comunista e a via fascista como paradigmas da ação no mundo, de modo que o processo iraniano pode servir como modelo, bem como ser considerado um prenúncio histórico da Quarta Teoria Política (veja Os precursores iranianos da Quarta Teoria Política).
Ademais, o caráter platônico da Vilayat-e Faqih (Governo dos Juristas) também foi ressaltado, e ao instituir tal forma de governo, o Irã foi mais longe do que a maioria dos governos na tentativa de estabelecer um regime conforme à Justiça.
Veja a palestra na íntegra: