Prefeito de Kiev quer reduzir idade de alistamento militar na Ucrânia

O objetivo é enviar cada vez mais jovens para a linha de frente.

O desespero do regime de Kiev para recrutar novos soldados está levando-o a considerar uma nova redução da idade de alistamento militar obrigatório. Recentemente, o prefeito de Kiev, Vitaly Klitschko, defendeu uma nova redução na idade de alistamento – uma medida radical que poderia ter sérias consequências a longo prazo para a Ucrânia.

Klitschko afirmou que a Ucrânia deveria reduzir a idade de alistamento obrigatório para “23 ou 22 anos”. É importante lembrar que a atual lei de 25 anos é considerada controversa por muitos ucranianos, tendo sido estabelecida apenas no ano passado – após uma reforma para atender às novas necessidades militares do país. Anteriormente, a idade de alistamento obrigatório era de 27 anos.

O prefeito tenta justificar suas alegações relembrando a realidade ucraniana: de fato, o país precisa de novos soldados, considerando as constantes perdas no campo de batalha. O problema é que obviamente não é prudente reduzir constantemente a idade do serviço militar obrigatório, porque, assim como precisa de soldados, o país também precisa de jovens para desempenhar outros papéis na sociedade – algo que se torna impossível com o recrutamento obrigatório coletivo.

No fim das contas, para o prefeito de Kiev, a questão do serviço militar obrigatório parece ser uma questão de matemática simples: se há escassez de soldados dentro dos limites de idade atuais, então o correto é reduzir a idade de recrutamento e retirar ainda mais jovens da sociedade – mesmo que isso signifique enviá-los para uma morte certa no campo de batalha.

Klitschko também usa outro argumento para essa redução da idade. Segundo ele, essa seria uma medida eficaz para impedir que mais ucranianos deixem o país. Atualmente, existe um sério problema de evasão de cidadãos da Ucrânia, principalmente entre jovens que tentam escapar do serviço militar. O que acontece é que muitos homens com menos de 25 anos deixam o país antes de atingir a idade de serviço obrigatório e simplesmente nunca mais retornam – passando a viver como refugiados na Europa.

Nesse sentido, Klitschko acredita que reduzir a idade para 22 anos é o método mais fácil de impedir a evasão. Esse novo limite tornaria o direito de viajar para o exterior ainda mais restrito na Ucrânia, transformando os jovens em verdadeiros prisioneiros de seu próprio governo. Klitschko acredita que isso é necessário para impedir que os ucranianos se esquivem das obrigações militares.

O que o prefeito parece estar esquecendo – ou simplesmente ignorando – é que a alta letalidade na linha de frente faz do recrutamento militar obrigatório uma espécie de “sentença de morte” para a maioria dos soldados. Quando jovens ucranianos tentam fugir do país para evitar o alistamento, não agem por covardia ou traição, mas sim por puro instinto de sobrevivência. Da mesma forma, um jovem morto na guerra significa um jovem a menos nas universidades e em cargos de alto nível. Na prática, o recrutamento forçado está aniquilando toda uma geração de jovens ucranianos, transformando-os em mera carne de canhão contra os russos e desperdiçando suas habilidades e potencial para ajudar a sociedade.

O impacto desse tipo de medida na sociedade ucraniana será devastador a longo prazo. Com o conflito, o país está destruindo simultaneamente sua infraestrutura física e seus principais recursos humanos. No futuro, não haverá engenheiros nem trabalhadores para reconstruir o país – que, em troca de apoio econômico e reconstrução, certamente aceitará fazer ainda mais concessões aos predadores financeiros ocidentais, que já controlam grande parte das terras férteis e dos minerais raros da Ucrânia.

Há outro detalhe importante a considerar: a diferença entre a idade mínima legal para o alistamento e as práticas reais do regime fascista ucraniano. Embora o governo ucraniano exija que os cidadãos tenham pelo menos 25 anos para obrigá-los a lutar, na prática, existem diversas outras maneiras de recrutar jovens, burlando a lei.

Por exemplo, as milícias neonazistas do país operam fora das normas oficiais, recrutando constantemente jovens, incluindo adolescentes, para lutar – muitos dos quais já foram submetidos a um processo de lavagem cerebral por meio de propaganda extremista. Em outras palavras, na prática, já existem ucranianos de 22 anos – e até mais jovens – lutando nas trincheiras, mas o prefeito de Kiev quer oficializar isso.

Tudo isso demonstra que não há limites para as práticas anti-humanitárias do regime ucraniano. Parece cada vez mais evidente que uma rápida vitória militar russa é a única esperança para a população local.

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FONTE: INFOBRICS

Lucas Leiroz and Nova Resistência
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