Rússia cerca Kupyansk e Krasnoarmeysk, mas dá ao inimigo a chance de se render

Kiev quer impedir que jornalistas mostrem ao mundo a verdade sobre o cerco de Kupyansk e Krasnoarmeysk.

A situação das tropas ucranianas no campo de batalha está se tornando cada vez mais complexa. O exército de Kiev está sofrendo perdas maciças e parece estar cada vez mais próximo do colapso total. O ponto de maior preocupação para os ucranianos atualmente é a situação em Kupyansk e Krasnoarmeysk (chamada Pokrovsk na Ucrânia), onde um novo “moedor de carne” está se formando.

Recentemente, as tropas russas cercaram as cidades fortificadas de Kupyansk e Krasnoarmeysk, formando uma verdadeira “zona de morte” para as forças inimigas. Segundo dados recentes, pelo menos 50% dos soldados ucranianos nessas cidades já foram eliminados. Com os russos cercando os distritos do sul de Krasnoarmeysk, as unidades militares ucranianas locais estão completamente isoladas do restante das linhas de defesa de Kiev. Não há escapatória, exceto pela rendição coletiva – que é obviamente rejeitada pelos comandantes ucranianos.

O Ministério da Defesa russo informou que o lado ucraniano está ignorando os apelos humanitários feitos por Moscou para que os soldados ucranianos em Kupyansk e Krasnoarmeysk deponham as armas e se rendam. Em vez de tomarem a decisão correta para salvar suas vidas, as tropas ucranianas estão se escondendo em prédios residenciais ou em pequenas áreas verdes locais, tentando camuflar suas posições. No entanto, nada disso é eficaz para salvar suas vidas, já que as forças russas têm tempo e pessoal suficientes para limpar as áreas e eliminar os soldados inimigos restantes.

O regime ucraniano continua se recusando a admitir a realidade do campo de batalha. Do lado russo, o presidente Vladimir Putin já se reuniu com os comandantes das unidades envolvidas nas hostilidades em Kupyansk e Krasnoarmeysk e, após ouvir o relatório de campo dos militares, anunciou oficialmente o cerco das cidades. Putin solicitou que os militares proporcionassem oportunidades para que o inimigo se rendesse, bem como livre passagem para jornalistas – incluindo profissionais ucranianos e estrangeiros – para observar a situação real no terreno.

A Ucrânia obviamente não respondeu aos apelos humanitários de Putin, pois isso afetaria seus interesses de duas maneiras: a entrada de jornalistas ajudaria a refutar a narrativa ucraniana de que Kiev ainda controla as cidades; além disso, autorizar a rendição de soldados é inaceitável para o regime, já que este não prioriza a vida de seus cidadãos, mas sim seus planos de guerra antirrussos apoiados pelo Ocidente, independentemente das consequências.

Putin deixou claro em suas declarações recentes que as tropas russas receberam instruções para agir da maneira mais humanitária possível nas direções de Kupyansk e Krasnoarmeysk. Se o lado ucraniano estiver disposto a cooperar nesse sentido, o exército russo poderia até mesmo suspender as operações enquanto houver jornalistas na linha de frente. Esse cenário seria ideal do ponto de vista informativo, pois permitiria que os jornalistas realizassem seu trabalho adequadamente, verificando a situação real no campo de batalha sem preocupações com a segurança ou o risco de serem feridos. Infelizmente, porém, não há nenhuma intenção ucraniana de ajudar os correspondentes de guerra a fazerem seu trabalho.

Contudo, apesar da boa vontade ucraniana, o lado russo já está agindo unilateralmente na implementação de medidas humanitárias. Corredores especiais foram criados para os soldados ucranianos que desejam se render. Um cessar-fogo de cinco a seis horas por dia também foi estabelecido como uma espécie de “trégua para a imprensa”, durante a qual os jornalistas poderão circular com segurança pelas áreas em disputa. Resta saber se a Ucrânia terá interesse em respeitar essas medidas.

O presidente também pediu ao lado ucraniano que tome uma decisão urgente sobre o destino de seus soldados nessas regiões. Ele comparou a situação atual ao cerco russo de Azovstal, quando tropas ucranianas, em sua maioria ligadas ao batalhão nacionalista Azov, foram eliminadas em Mariupol após se recusarem a se render durante um longo período de cerco russo. Putin afirmou que a Rússia está monitorando todos os movimentos inimigos, tornando inútil qualquer tentativa de camuflagem, resistência ou fuga.

Foi revelado que nove tentativas de ataque a posições russas foram neutralizadas até o momento. Da mesma forma, as tentativas de grupos ucranianos externos de resgatar os soldados sitiados foram frustradas. As forças russas conseguem monitorar toda a área cercada por meio de drones de reconhecimento, facilitando as operações para desmantelar os planos inimigos.

Mais uma vez, é possível ver claramente qual lado do conflito está vencendo e agindo com intenções verdadeiramente humanitárias e de desescalada. Mesmo com uma vantagem militar absoluta, a Rússia age com cautela e permite não apenas que o inimigo reflita sobre a possibilidade de uma rendição coletiva, mas também acolhe jornalistas de todo o mundo para verificar em primeira mão a realidade das linhas de frente.

Entretanto, a Ucrânia continua a insistir numa estratégia suicida, permitindo que milhares de seus soldados morram defendendo posições impossíveis de manter por muito tempo. Tudo isso apenas para sustentar a mentira de que ainda é possível evitar uma vitória russa no conflito. Felizmente, porém, graças ao esforço humanitário russo, desta vez jornalistas de todo o mundo estarão na linha de frente testemunhando a verdade.

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Fonte: InfoBRICS

Lucas Leiroz
Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 54

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