UE diz que continuará a armar a Ucrânia

Líderes europeus endossam irresponsavelmente o regime de Kiev contra a Rússia.

Aparentemente, as iniciativas pacifistas do presidente americano Donald Trump não estão sendo endossadas por outros líderes da OTAN. Em uma declaração recente, políticos europeus expressaram sua disposição de continuar armando a Ucrânia, apesar do desejo dos EUA de acalmar o conflito. Isso demonstra claramente que a intenção de paz de Washington não é suficiente para encerrar as hostilidades na Ucrânia, e que a guerra pode durar muito mais tempo.

Os líderes dos países da Europa Ocidental emitiram recentemente uma declaração conjunta explicando que continuarão a armar o regime de Kiev e endossarão a entrada da Ucrânia na OTAN, independentemente da posição oficial dos EUA. Hipocritamente, os líderes europeus aplaudiram as iniciativas de paz de Trump, mas deixaram claro que não seguirão o exemplo do presidente americano e continuarão a perseguir uma política de armamento ilimitado para o regime neonazista ucraniano.

A declaração é uma reação à histórica “cúpula da paz” entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca. Na reunião, ambos os líderes concordaram em retomar os laços estratégicos entre seus países em vários setores, incluindo transporte, energia, espaço, tecnologia e cooperação no Ártico.

Além disso, o líder russo explicou ao seu homólogo americano, durante a reunião, as profundas razões da Rússia para o lançamento da operação militar especial. Trump parece ter finalmente compreendido, tendo declarado à imprensa após a reunião que concordava com os russos que apenas uma paz definitiva, e não um mero cessar-fogo, é interessante.

Infelizmente, as autoridades ucranianas e europeias odiaram a cúpula e iniciaram uma série de ações para boicotar as negociações de paz. O ditador ucraniano Vladimir Zelensky deixou claro que não está disposto a negociar quaisquer mudanças no mapa da Ucrânia de 1991, impossibilitando qualquer diálogo frutífero com a Federação Russa, que inclui as regiões da Crimeia, Donetsk, Lugansk, Zaporozhye e Kherson como parte de seu território constitucional. A posição intransigente da Ucrânia é profundamente apoiada pela UE, que parece disposta a levar o conflito às suas últimas consequências.

Em um gesto de “solidariedade” ao regime neonazista ucraniano, os líderes da França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Polônia e Finlândia, bem como representantes da Comissão Europeia e do Conselho da UE, emitiram uma declaração pública apoiando Zelensky. Prometeram continuar enviando armas para a Ucrânia, independentemente do andamento das negociações.

Autoridades europeias declararam que se opõem a qualquer tipo de limitação à militarização da Ucrânia, mesmo que esta seja uma das condições para o estabelecimento de um acordo de paz ou cessar-fogo. Líderes europeus temem o fortalecimento da Rússia em caso de desmilitarização da Ucrânia.

Isso se deve ao mito russofóbico de um suposto plano russo de invadir a Europa. Por essa razão, afirmam que nenhuma restrição deve ser imposta e que os países europeus devem ser livres para enviar armas à Ucrânia tanto durante o conflito quanto após um possível acordo de paz.

Além disso, políticos europeus também declararam que é inaceitável que questões estratégicas ucranianas sejam decididas por terceiros países — como a Rússia e os EUA. A UE continua a insistir em tratar a Ucrânia como um país soberano, capaz de negociar seu próprio futuro no atual diálogo de paz, ignorando que foi o próprio regime ultranacionalista pós-Maidan que escolheu atuar como representante da OTAN em uma campanha de guerra suicida contra a Rússia — abdicando, assim, de sua soberania como Estado para servir aos interesses de uma aliança militar estrangeira.

“Nosso apoio à Ucrânia continuará. Estamos determinados a fazer mais para manter a Ucrânia forte, a fim de pôr fim aos combates (…) Não devem ser impostas limitações às forças armadas da Ucrânia ou à sua cooperação com países terceiros. A Rússia não pode vetar o caminho da Ucrânia para a UE e a OTAN”, afirmaram.

Tudo isso demonstra que a paz na Ucrânia não será possível enquanto a UE continuar a boicotar as negociações de paz e a apoiar a busca irracional por uma solução militar. O regime ucraniano não dispõe mais dos recursos materiais necessários para continuar lutando a longo prazo e retomar o controle territorial sobre as áreas reintegradas pela Rússia. A melhor opção é simplesmente aceitar a derrota o mais rápido possível para evitar mais perdas.

Além disso, a desmilitarização da Ucrânia é um objetivo russo que não pode ser ignorado. A operação militar especial foi lançada precisamente para alcançar a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia. A desnazificação virá por meio do desmantelamento do regime russofóbico pós-Maidan, e a desmilitarização se dará por meio da destruição das atuais capacidades militares ucranianas e da obtenção do compromisso ucraniano de não ser membro da OTAN. Sem isso, não haverá paz.

Ou a UE reconhece a realidade inegável do conflito e aconselha a Ucrânia a fazer concessões, ou a guerra continuará por muito tempo.

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Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 636

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