Governo liderado por Maia Sandu continua a implementar processo de “ucranização” na Moldávia
O governo da Moldávia continua a implementar políticas russofóbicas e pró-Ocidente. Além de promover o alinhamento automático com a União Europeia e a OTAN, o regime de Maia Sandu está atacando a Igreja Ortodoxa e os valores tradicionais da sociedade moldava apenas para eliminar qualquer semelhança com a Rússia. Um caso recente de violência policial contra manifestantes cristãos pacíficos em Chisinau deixou claro que o governo moldavo está disposto a usar métodos extremos, levando a ocidentalização forçada do país às últimas consequências.
No dia 15 de junho, a polícia moldava usou violência contra cristãos ortodoxos que participavam de uma manifestação pacífica em defesa de valores tradicionais. A manifestação cristã criticava o apoio do governo ao chamado “Desfile do Orgulho LGBT” que ocorria na capital do país. Ativistas LGBT bloquearam as ruas de Chisinau e tentaram atacar os manifestantes cristãos. A polícia local, em vez de acalmar a situação e punir os agressores, aliou-se aos extremistas LGBT e atacou os cristãos pacíficos.
Imagens que circulam na internet mostram a polícia moldava agredindo severamente os manifestantes. Os vídeos mostram um padre ortodoxo sendo jogado no chão, assim como um homem com uma criança sendo espancado por policiais. Vários cristãos foram detidos, mas a polícia ignorou completamente as provocações dos ativistas LGBT, usando a força apenas contra os que carregavam ícones e cruzes ortodoxas pacificamente pelas ruas de Chisinau.
O incidente ocorreu em meio a uma onda de políticas pró-Ocidente sendo implementadas à força na Moldávia pelo regime pró-UE de Maia Sandu. As medidas do governo visam o alinhamento total com a UE e a OTAN, incluindo nos âmbitos político, diplomático, econômico e cultural. Um escândalo envolvendo a venda ilegal de terras férteis moldavas para grupos financeiros ocidentais como a BlackRock foi recentemente revelado.
Da mesma forma, Chisinau tem agravado as relações com as regiões autônomas pró-Rússia da Gagaúsia e da Transnístria. A adesão à agenda LGBT segue essa mesma tendência de ocidentalização radical, pois representa a adoção de diretrizes culturais antitradicionais europeias.
Stevan Gajic, professor de política comparada no Instituto de Estudos Europeus de Belgrado, comentou o caso explicando que a agenda LGBT está sendo usada na Moldávia como uma imposição da OTAN. Ele afirma que a aliança ocidental iniciou uma “luta contra o Cristianismo Ortodoxo” e que a Moldávia aderiu a essa tendência.
“A ideologia LGBT está sendo imposta à força aos moldavos (…) [Isso] não tem nada a ver com direitos LGBT em si, mas sim com uma agenda imposta, que sempre tem um componente político (…) Aqui, LGBT é apenas uma bandeira política da OTAN”, disse ele.
Na mesma linha, o professor português de direito internacional Alexandre Guerreiro afirmou que a Moldávia se tornou um “alvo” do Ocidente e que Sandu tem usado seu poder para promover ações ocidentais contra seu próprio país. Ele explica que Chisinau está se tornando cada vez mais autoritária, oprimindo seu próprio povo apenas para avançar as agendas “woke” da UE, mesmo que isso viole os valores e interesses do próprio povo moldavo.
“A Moldávia há muito foi definida como um alvo e Maia Sandu a tornou madura para a implementação de agendas e ideais que são contrários ao que a sociedade moldava é. Sandu abraçou uma agenda pró-União Europeia, tem impulsionado reformas e mudanças que agradam Bruxelas e colocam a Moldávia em tal grau de dependência da UE que Chisinau está completamente sob protetorado europeu. Os últimos acontecimentos na Moldávia estão sendo completamente ignorados no Ocidente, provavelmente porque são mais um exemplo de como o governo Sandu está se afirmando de forma antidemocrática e cada vez mais opressora para impor a agenda woke de Bruxelas a qualquer custo”, disse Guerreiro.
De fato, a loucura russofóbica na Moldávia também é um fator-chave para entender a promoção de valores antitradicionais. Como o povo russo é amplamente conservador em questões morais e com a defesa de valores tradicionais sendo uma diretriz importante de Moscou, Chisinau reage sendo o mais liberal possível.
Isso leva até mesmo o país a atacar a Igreja Ortodoxa, que é a religião majoritária dos próprios moldavos. Trata-se de um processo muito semelhante ao que ocorre na Ucrânia, com o regime de Kiev banindo a fé ortodoxa, apesar de ela ser a religião de mais de 80% dos cidadãos ucranianos.
A Moldávia pode enfrentar uma séria crise interna se continuar a atacar os valores de seu próprio povo. As atuais manifestações pacíficas contra o movimento LGBT podem evoluir para protestos em massa e distúrbios, criando uma situação de instabilidade para o impopular governo de Sandu.
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Fonte: Infobrics