A ideologia LGBTQ+ não é sobre respeito e diversidade, mas poder e maldade. Só pode ter sido criada por mentes demoníacas, perturbadas e profundamente misantrópicas.
Por Felipe Quintas
O homossexualismo, em si, é uma das múltiplas possibilidades existenciais da alma, que é eterna. Não se torna ou se deixa de ser homossexual, simplesmente é, e uma vez que cada um “descobre” essa sua própria característica, geralmente entre o final da infância e a adolescência, é a imagem do destino que ele ou ela vê. Portanto, são impossíveis a “cura gay” e influenciar qualquer pessoa a ser, que só podem levar a traumas e ferimentos. O que faz uma pessoa ser homossexual é um mistério, como é misterioso tudo aquilo que faz o ser humano de fato ser humano, e a ciência é por demais limitada para investigar seriamente esse assunto, que está mais no âmbito do mito, da arte e da filosofia. Particularmente recomendável a esse respeito é a obra O Banquete, de Platão, que reúne esses três aspectos.
Uma coisa é a realidade existencial do homossexualismo, outra é a realidade social. Na maioria das sociedades, o homossexual é socialmente desviante, ou seja, alheio às expectativas gerais de comportamento. Mesmo que não seja considerado criminoso, haverá sempre uma linha divisória muito clara entre o homossexual e o restante da sociedade. Há sempre a possibilidade de usar uma máscara, mas isso não concilia internamente o indivíduo com a sociedade, e, por mais que se a proteja, toda máscara se dissolve facilmente na tempestade da vida. O homossexual é, antes de tudo, um solitário e deve aprender sozinho a lidar com isso desde a tenra idade em que se descobre.
Evidentemente, isso não é nada fácil, para dizer o mínimo. A exacerbação e o extravasamento da personalidade do homossexual explicam a alta incidência histórica de homossexuais entre os artistas, gênios, loucos, profetas, místicos e psicopatas. Coisas belas e horríveis podem surgir disso, e por muito que se aprecie as coisas belas, ignora-se o quanto de sofrimento interno foi necessário para produzi-las. Como disse o escritor Thomas Mann, ele mesmo homossexual, somente sob a intensa pressão da dor a ostra pode fazer nascer a pérola. Todo mundo gosta de ver a pérola, mas ninguém realmente quer ser a ostra. A Montanha Mágica e Doutor Fausto são obras magníficas, mas a vida interior de Thomas Mann era lamentável, e ele a representa muito bem em Morte em Veneza, na qual o personagem Aschenbach se entrega à doença e à morte na contemplação da beleza do jovem Tadzio.
O movimento LGBTQ+ representa, então, um nicho social para os homossexuais, onde eles, em princípio, não são desviantes, mas “normais”, e poderão conhecer e conviver com pessoas semelhantes. Diferentemente do feminismo e do racialismo, que representam grupos que não são socialmente desviantes e que, por isso, em sua maioria, não sentem necessidade de participar desses movimentos, o LGBTQ+ explora um nicho naturalmente segregado e que, por isso, adere majoritariamente a ele.
À primeira vista, parece algo nobre, que proporciona conforto e reconhecimento a pessoas que não sabem o que é isso. Porém, infelizmente, não é o caso.
Em vez de ser um clube gay, desses que sempre existiram, o LGBTQ+ é uma forma de enquadrar e controlar socialmente essas pessoas, oferecendo a elas uma identidade coletiva abstrata e artificial que transforma o indivíduo em manequim de um estereótipo fútil, histérico e consumista. Incentiva, a soldo de gratificação simbólica, a desumanização dos homossexuais em categorias bizarras e inéditas como “queer”, “intersexual”, “transexual”, que partem de uma concepção de ser humano não como planta celeste e rebento divino (Platão) ou como criatura à imagem e semelhança de Deus (Gênesis), mas como um robô, um ciborgue, uma máquina falante nascida como tábula rasa e desprovida de alma cujas partes físicas e psíquicas podem ser livremente reposicionadas e reprogramadas.
A ideologia LGBTQ+ é, assim, uma das principais manifestações do transumanismo, que é, na verdade, um anti-humanismo. Nega-se aos homossexuais o direito de ser humano e, em troca de reconhecimento social, eles são incentivados a abdicar da sua humanidade. Algo verdadeiramente demoníaco, ainda mais porque, como todo anti-humanismo, as crianças, que são sempre o futuro da humanidade, são particularmente visadas. Por isso uma das principais bandeiras LGBTQ+ é a da mudança de sexo em crianças. Se em adultos isso já é, no mais das vezes, uma verdadeira tragédia, levando em muitos casos à deformação permanente e ao suicídio, no caso de crianças, então, nada mais é do que assassinato sob tortura. Meninos efeminados e meninas masculinizadas, em vez de deixados livres para serem quem são, passam a ser mandados a centros de castração para serem desfigurados, virtualmente até a morte, por bloqueadores hormonais e terapias patenteados por grandes farmacêuticas que, obviamente, estão entre as principais financiadoras dessa mania. A agenda LGBTQ+ se revela, assim, um verdadeiro projeto de genocídio e infanticídio.
Não para aí. Ao se tornar uma agenda política e cultural das classes dirigentes transnacionais e transumanistas e, portanto, fazer parte da ideologia dominante, o LGBTQ+ se torna impositivo na mídia, nas escolas, nos esportes e nas mais diferentes esferas de vida compartilhadas pela maioria das pessoas, que não são nem podem ser homossexuais. Da mesma forma que um homossexual é molestado ao ser obrigado a participar dos códigos e condutas estritamente heterossexuais, os heterossexuais também são em relação aos modos homossexuais e mais especificamente LGBTQ+. Invadir a esfera privada das pessoas com conteúdos desse jaez mostra-se como pura demonstração de poder contra a maioria, um poder absolutamente insensato e despropositado que reage violentamente, com censuras, cancelamentos e até prisões, contra quem manifestar insatisfação.
Não raro, o sentimento de estar por cima desperta em muitos homossexuais uma prepotência eufórica jamais sentida (“quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”), o que os leva a aderir mais fortemente ao sistema ideológico que os transforma em robôs transumanos, quando não simplesmente quer eliminá-los desde a infância. Por outro lado, o cansaço e a revolta mudos e temerosos da maioria das pessoas quanto a isso não significam preconceito mas a defesa da própria autenticidade, do direito humano de compartilhar valores consagrados e querer transmiti-los. O desrespeito à autenticidade da maioria das pessoas gera um estado social de cansaço e rancor que somente divide e fratura a sociedade, alimentando ranços, discriminações e intolerâncias que a maioria das pessoas não estaria espontaneamente inclinada a colocar em prática. Em vez de amor, se nutre o ódio; em vez de diversidade, se aniquila e oprime tudo aquilo que é de mais humano, seja nas minorias homossexuais, seja na maioria heterossexual. Tudo para que a minoria dominante se regozije em pisar nos de baixo, usando o LGBTQ+ como expressão cultural da sua dominação. Como eu disse no início, não é sobre respeito e diversidade e sim sobre poder e maldade, não com a motivação de fazer um mundo melhor, mas de praticar a misantropia característica dos grupos dominantes no Ocidente.