A situação do MAGA e a política externa dos EUA: O que concluir da divisão da plataforma do Trump e de suas aventuras intervencionistas nesse ponto de inflexão pelo qual estamos passando? Estaria a janela de oportunidade passando pelos dedos do homem que prometeu drenar o pântano?
“O tempo está passando e o Deep State ainda é muito poderoso e forte. Os democratas estão se preparando sua vingança, e se vencerem, nunca mais abrirão mão do poder.”
Também gosto de zombar de generais gordos. É engraçado. Mas continuo a achar que Trump está perdendo tempo lidando com a ameaça interna. O tempo está passando e o Deep State continua muito poderoso e forte, os democratas estão preparando uma vingança e, se ganharem, nunca mais vão abdicar do poder.
A morte do verdadeiro herói Charlie Kirk não dissolveu as múltiplas divisões dentro do MAGA. Infelizmente. O que aconteceu com o “Turning Point USA” não foi de forma alguma um renascimento, mas sim uma usurpação, manipulação e traição. Algo realmente repugnante.
“Departamento de Guerra” é bom porque é um nome abertamente agressivo. Chega de mentiras e retóricas humanitárias pervertidas. Permanece apenas a questão do poder, da intimidação e das ameaças diretas. A vantagem é a sinceridade.
Não sou especialista no assunto, mas parece que o lobby israelense nos EUA é um grande problema. Sua simples presença distorce a lógica natural da política americana. A ADL está do lado da esquerda, enquanto a AIPAC é mais neutra. Mas a importância geopolítica da modesta Israel, é desproporcionalmente alta.
Sobre o assassinato de Charlie Kirk. O governo Trump está fora de qualquer suspeita por razões óbvias. Se por trás disso estiverem os democratas, que comemoraram abertamente esse ato repugnante de terrorismo, eles devem ser responsabilizados. Mas para além disso há outras hipóteses: o Deep State ou o lobby israelense.
O MAGA está preocupado com a restauração da identidade americana, não com políticas intervencionistas agressivas. Qualquer envolvimento militar não provocado dos EUA no exterior não é MAGA, é uma agenda do Deep State/neocons. Trump é MAGA apenas por um lado. Seu outro lado é o da hegemonia, neoconservadora e intervencionista.
Trump está próximo do MAGA na política interna (ainda que não completamente) e distante dele na política externa. Sua linha não é nem pela verdadeira paz nem pelo realismo clássico. Mas sim uma nova versão da hegemonia aberta. Sua devoção a Israel é outro problema, que também afeta em especial as relações internacionais.
Os Tomahawks não são um game changer. São resquícios do decreto de Biden em ação. O apoio incondicional de Trump a Kiev apenas desmoraliza sua plataforma MAGA. Uma decisão puramente globalista e de cunho neocon. É um sinal do realinhamento de Trump com o Deep State. Não tenho certeza se o povo americano votou a favor de uma guerra nuclear.
A Rússia foi demasiadamente tímida e paciente com o fato do Ocidente coletivo ter ultrapassado todos os limites impostos por nós. Essa atitude chegou ao fim. Os mísseis Tomahawk entregues a Kiev significam que os EUA declararam guerra à Rússia.