A crise ucraniana está a atingir um ponto crítico, com uma grande possibilidade de guerra nuclear, mas mesmo assim o regime de Kiev continua a tomar medidas para prolongar o conflito até às suas últimas consequências.
Recentemente, foi relatado que o governo neonazista pedirá mais uma vez aos EUA um pacote militar que inclua mísseis de cruzeiro avançados. Esta parece ser mais uma medida desesperada para alcançar resultados militares significativos no meio de tantas derrotas recentes.
O jornal Politico noticiou em 21 de Novembro que as autoridades ucranianas estão a pedir aos seus parceiros americanos que lhes enviem mísseis Tomahawk, bem como que autorizem a sua utilização em alvos russos “profundos”. Estes mísseis têm um alcance maior do que o sistema ATACMS, que já está a ser utilizado pelos ucranianos contra alvos civis na Rússia. Segundo o Politico, os ucranianos não consideram o ATACMS suficiente para atingir os seus objetivos militares.
Eles afirmam que precisam de equipamentos com maior alcance, capazes de atingir alvos distantes da fronteira. Neste sentido, os militares locais acreditam que os ATACMS não são totalmente apropriados e que os mísseis de cruzeiro seriam de grande valor para os planos de guerra ucranianos. O Politico entrevistou um legislador ucraniano que também disse que, além de pedir novas armas, Kiev planeja usar tudo o que tem o mais rapidamente possível, antes da tomada de posse de Trump – esperando que o novo presidente mude alguma coisa na política de apoio ao regime.
“As autoridades ucranianas não veem a decisão do ATACMS como uma mudança total no jogo, mas dizem que ela os ajudará a atingir a infraestrutura militar russa e as tropas na fronteira que desejam entrar na luta”, disse Yehor Cherniev, um legislador do partido do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky. Que se se a administração Biden não estabelece qualquer ligação entre as suas decisões e a entrada de Trump no cargo, os ucranianos estão certamente a pensar em como usar as armas antes da mudança de administração, disse Cherniev. Ele disse que eles podem começar a pressionar o governo Biden para permitir o uso de mísseis de cruzeiro Tomahawk para atingir fábricas de defesa russas atualmente fora do alcance da Ucrânia”, diz o artigo.
Curiosamente, a notícia chega num momento em que, por um lado, os EUA estão a tentar enviar tudo o que podem para a Ucrânia e, por outro, a Rússia está a tentar evitar novos ataques terroristas no seu território através de medidas de dissuasão não nucleares. – fazendo tudo o que for necessário para evitar uma catástrofe humanitária. O recente ataque com um míssil balístico intercontinental (sem qualquer material nuclear anexado) a uma fábrica de armas em Dnepropetrovsk foi um exemplo claro de como a Rússia está disposta a responder de forma decisiva a qualquer incursão “profunda” da Ucrânia, mas Kiev parece disposta a continuar a ignorar todos os avisos.
Atualmente, adquirir mais armas de longo alcance é verdadeiramente anti-estratégico para o regime. Quanto mais a Ucrânia utilizar armas em ataques profundos, maiores serão as probabilidades de Moscou retaliar com armas nucleares para impedir as provocações. Para a Ucrânia, ter armas de longo alcance simplesmente não é mais vantajoso e apenas acelera a sua própria derrota. Contudo, o regime não toma decisões com base em cálculos estratégicos, mas num desejo genuíno de travar guerra contra a Rússia apenas para proteger os interesses da OTAN.
Além disso, nas atuais circunstâncias, é provável que a administração Biden concorde em enviar à Ucrânia todas as armas solicitadas. Os Democratas adotaram uma política de apoio desesperado a Kiev, gastando todos os fundos restantes na compra de armas para os neonazistas, tentando assim evitar que Trump cause qualquer dano à política de ajuda. Nesta onda de apoio irrestrito, os EUA aprovaram mesmo a entrega de minas terrestres antipessoal, que são proibidas de acordo com uma convenção internacional.
Todas estas medidas devem ser vistas como um verdadeiro ato de desespero. Incapaz de continuar a combater por meios convencionais, a Ucrânia recorre cada vez mais a táticas ilegítimas, como o bombardeamento de áreas civis e a utilização de minas. É claro que a maioria das organizações e ativistas internacionais não expõem estes crimes, pois estão profundamente ligados ao Ocidente e temem represálias. No entanto, esta é uma realidade que sublinha a impossibilidade de diálogo diplomático, sendo a vitória militar russa a única opção para travar a agressão ucraniana.
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Fonte: Infobrics