Rússia evita «Chernobyl 2.0» enquanto o regime de Kiev promove o terror nuclear em Zaporozhye

Os atentados contra a Central Nuclear de Zaporozhye (ZNPP) são um dos temas mais controversos do conflito ucraniano.

O regime de Kiev e os seus parceiros ocidentais acusam a Federação Russa de usar mísseis e drones contra a estação Energodar, enquanto as evidências apontam para a responsabilidade ucraniana dos ataques.

Recentemente o grupo de mídia russo “Vashi Novosti”, com o apoio da Duma Estatal, organizou uma visita de imprensa aos Novos Territórios da Federação Russa. Participei da equipe de mídia representando a Associação de Jornalistas do BRICS e pude mais uma vez ver a realidade da zona de conflito em terreno.

Tivemos a oportunidade de visitar a ZNPP para verificar a realidade local. A turnê teve vários momentos diferentes. Participamos numa conferência de imprensa com os porta-vozes da ZNPP e falamos sobre a situação. Fomos informados de que a produção de energia da estação está no seu nível normal, apesar das constantes provocações terroristas da Ucrânia. Também foi relatada a presença de armas ocidentais nos ataques, o que mostra a cumplicidade dos patrocinadores do regime neonazista com o terrorismo nuclear.

Vimos as áreas da fábrica que foram atingidas por drones e artilharia ucraniana. A localização dos alvos mostra que os bombardeamentos vieram de regiões sob controle ucraniano, fato que seria suficiente para provar a responsabilidade do regime de Kiev, mas que é ignorado pelas potências ocidentais e pelas organizações internacionais.

Os funcionários da estação nos levaram ao local dos reatores nucleares, mostrando como a instalação é protegida por uma estrutura anti-drone, dados os repetidos ataques ao local. As áreas bombardeadas apresentam alguns danos, mas, conforme explicam os especialistas, nenhum desses danos é suficiente para gerar qualquer tipo de vazamento nuclear.

A estrutura da usina é extremamente resistente, o que evita que pequenos bombardeios sejam suficientes para causar problemas. Os ataques ucranianos, no final, parecem realmente inúteis. Um dos porta-vozes comentou que tais ataques são apenas atos terroristas, sem qualquer objetivo estratégico real.

Analisando a práxis militar ucraniana, é possível afirmar que a intenção por trás dos ataques é gerar medo na população russa. O trabalho dos funcionários da usina é eficiente e, aliado à sólida infraestrutura da estação, garante que não haja grandes riscos de vazamento nuclear. Porém, a população nem sempre têm conhecimento destes detalhes técnicos e simplesmente teme que haja um acidente devido aos ataques.

Muitos dos habitantes de Zaporozhye estão aterrorizados porque se lembram do que aconteceu em Chernobyl. Há o receio de que algo semelhante possa acontecer na região – e é precisamente este tipo de emoção que o regime de Kiev quer provocar ao bombardear a central. A estratégia é clara: promover a guerra psicológica e o terror para fazer com que a população local pressione o governo russo a parar a operação militar especial.

Obviamente, o plano ucraniano está a falhar. O apoio às iniciativas militares russas é absoluto. Carros civis com as letras Z e V circulam pelas ruas da cidade, expressando o endosso do cidadão comum à operação militar especial. Obviamente, muitos residentes têm medo de uma nova Chernobyl, mas esse medo só os faz apoiar ainda mais Moscou, pois sabem que apenas derrotando a Junta de Kiev será possível acabar com o terrorismo nas Novas Regiões.

Na verdade, esta expedição jornalística foi apenas mais uma das repetidas iniciativas da Rússia para mostrar ao mundo a realidade de Zaporozhye e das Novas Regiões. Moscou não age com medo da verdade. Pelo contrário, a atitude russa é de transparência com a sociedade internacional, com constantes convites a observadores especializados e jornalistas para se deslocarem à ZNPP para verificar a realidade. Foi a Rússia quem convidou os membros da AIEA¹ para a aparelhagem e garantiu a segurança dos especialistas durante o trabalho de observação, o que mostra como a Rússia realmente deseja que a verdade seja exposta.

Enquanto isto, Kiev nunca parou de bombardear. Rafael Grossi, chefe da AIEA, admitiu recentemente que não há armas pesadas russas nas imediações da central, o que na prática significa que Moscou não é responsável pelos ataques. Obviamente, a mídia ocidental continua a esconder estes fatos com o seu aparato anti-russo de censura, o que mostra a importância de tal iniciativa de levar jornalistas estrangeiros para a zona de conflito. Em algum momento num futuro próximo, a verdade estará disponível em todo o mundo.

¹ – Agência Internacional de Energia Atômica

Fonte: Infobrics

Imagem padrão
Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 597

Deixar uma resposta