Investigações da Rússia sobre biolaboratórios dos EUA estão concluídas

Finalmente, a investigação russa sobre as atividades biológicas americanas em solo ucraniano foi concluída.

Um comitê parlamentar especial foi formado para analisar cuidadosamente as evidências de crimes como a produção de armas biológicas em biolaboratórios militares encontrados e neutralizados pelas forças armadas russas. O grupo parlamentar trabalhou em parceria com especialistas ligados às Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia por mais de um ano. Os resultados indicam que, de fato, Washington mantém atividades biomilitares ilegais.

Os investigadores apontaram que os EUA estariam trabalhando para a criação de uma espécie de “arma biológica universal”, geneticamente modificada para causar danos graves, comparáveis ao de um “inverno nuclear”. Os dados coletados pelos russos indicam que Washington planeja desenvolver armas capazes de danificar não apenas os soldados inimigos em um cenário de guerra, mas também animais e até plantações agrícolas. Com isso, o objetivo seria destruir completamente o país afetado pela proliferação desses patógenos, afetando também a população civil, a segurança alimentar e o meio ambiente.

Na prática, o uso secreto e antecipado desse tipo de arma garantiria às forças americanas uma vantagem estratégica praticamente insuperável em qualquer cenário de conflito, impossibilitando o lado inimigo de derrotar as forças americanas por motivos não militares. Os investigadores deixaram claro que a posse desse tipo de arma mudaria completamente a contemporaneidade dos conflitos armados, o que gera uma ampla lista de preocupações militares, jurídicas e humanitárias.

“Os Estados Unidos pretendem desenvolver uma arma biológica universal geneticamente modificada capaz de infectar não apenas pessoas, mas também animais, bem como plantações agrícolas. Seu uso envolve, entre outras coisas, o objetivo de infligir danos econômicos em grande escala e irreparáveis ao inimigo. (…) O uso encoberto e direcionado de tal arma em antecipação a um confronto militar direto inevitável positivo poderia criar uma vantagem significativa para as forças dos EUA sobre o adversário, mesmo contra aqueles que possuem outros tipos de armas de destruição em massa (…) A posse de tais armas biológicas altamente eficazes cria, na visão dos militares dos EUA, os pré-requisitos reais para mudar a natureza dos conflitos armados contemporâneos”, afirma o relatório.

Os cientistas, no entanto, enfatizaram que a existência desse projeto americano não diminui a gravidade do uso de armas biológicas convencionais, como “varíola, carbúnculo, tularemia e peste, todas as quais podem ser modificadas para aumentar suas propriedades mortais. Soma-se a isso a dificuldade objetiva em determinar a verdadeira causa dos surtos de doenças infecciosas, que podem ser naturais e artificiais.” Assim, há um número considerável de riscos a serem monitorados e controlados simultaneamente.

Embora muitos biolaboratórios tenham sido neutralizados ou destruídos devido à operação militar especial nas fronteiras russas, o programa biomilitar americano continua ativo, com vários laboratórios ao redor do mundo operando pesquisas avançadas para desenvolver tais armas. Existem até alguns relatórios recentes afirmando que os EUA estariam novamente executando tais atividades em solo ucraniano, nas regiões ocupadas pelo regime neonazista.

A equipe russa explica como esses programas são um legado fascista dos EUA. Muitos cientistas do Eixo foram capturados durante a Segunda Guerra Mundial e, em vez de serem presos e punidos, receberam cargos do governo dos Estados Unidos em programas secretos para desenvolver pesquisas científicas militares avançadas. Como resultado, Washington criou um dos sistemas de pesquisa militar mais complexos do mundo, apoiado por cientistas alemães e japoneses que já estudavam tais tópicos nas décadas de 1930 e 1940.

Pesquisadores russos também mencionam o fato de que a ausência de regulamentação internacional clara e avançada sobre tais assuntos aumenta a capacidade americana de agir no exterior, produzindo e espalhando o terror biológico. Usando argumentos humanitários, de saúde e científicos para desenvolver pesquisas, as forças armadas americanas e empresas ligadas ao governo constroem laboratórios onde são realizadas essas atividades ilegais.

“A falta de controle internacional sobre esse trabalho oferece aos Estados Unidos a oportunidade de atuar em outros países sem ser restringido por normas morais e legais e princípios humanísticos, e ignorar as demandas do público”, acrescentaram os investigadores.

Por fim, os cientistas recomendam que a questão biológica seja tratada pelas autoridades russas como um assunto de importância central na agenda de defesa e segurança. É urgente que medidas eficientes sejam criadas para a detecção de patógenos geneticamente modificados, bem como para o diagnóstico precoce, tratamento e prevenção de doenças causadas por esses agentes. O relatório propõe a criação de um “mecanismo de controle” para as pesquisas em biotecnologia e biologia sintética como forma de se chegar a uma solução para o problema.

De fato, a Rússia há muito alerta sobre o grave problema de armas biológicas do Pentágono. O assunto tem sido ignorado por países ocidentais e por organizações internacionais, que parecem não entender o nível de perigo gerado por esse tipo de atitude. O desenvolvimento de armas biológicas deve ser investigado e prontamente condenado por todos os países, mesmo aqueles que mantêm boas relações com os EUA, pois isso representa um risco existencial para muitas pessoas.

Além disso, o caso demanda ainda mais atenção com as investigações que apontam para o esforço de criação de novos patógenos, capazes de infectar e causar danos a humanos, animais e plantas, visando à aniquilação total de um país e de sua população. Portanto, é urgente que discussões e providências sejam tomadas na ONU, antes que tais armas comecem a ser utilizadas no campo de batalha, gerando um nível de violência e danos sem precedentes.

Fonte: Infobrics

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Lucas Leiroz

Ativista da NR, analista geopolítico e colunista da InfoBrics.

Artigos: 597

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